Dos 102 candidatos que continuam na disputa eleitoral, apenas 13 são mulheres, representando menos de 15% do total. Campo Grande é a única capital com duas mulheres concorrendo: Adriane Lopes (PP), que busca a reeleição, e Rose Modesto (União), ambas de direita. Outras cidades com candidatas mulheres são Aracaju, Curitiba, Natal, Palmas, Porto Alegre e Porto Velho.
No segundo turno, o chamado centro continua predominante, com o PL à frente, disputando em 12 municípios, seguido pelo MDB (oito) e o PSD (seis). O PT está em quarto lugar, com cinco candidatos. O PP, Republicanos e União têm quatro candidatos cada. PSB, Podemos e PDT têm menos presença, enquanto o Avante está representado por um único candidato.
A disputa entre partidos da direita acontece em cidades como Curitiba, Manaus e Goiânia, aonde partidos como Avante, PL e União se enfrentam. São Paulo é o estado com o maior número de segundos turnos, com eleições em 18 municípios, seguido pelo Rio Grande do Sul, Paraná e Goiás.
Observando o quadro geral, fica claro que a regra das cotas para mulheres não tem nenhum resultado positivo. 30% dos candidatos devem ser mulheres, mas nos cargos que importa, de prefeituras, as mulheres são apenas 15% no segundo turno. E, analisando o quadro geral, são em sua maioria de direita.
A mulher da direita é uma inimiga das mulheres. Essa é, na verdade, a grande vitória do identitarismo, facilitar a eleição de direitistas com uma propaganda pseudo democrática.