Em 23 de outubro foi assinado o Acordo de Wye River entre “Israel” e a recém-criada Autoridade Palestina, parte dos Acordos de Oslo, em 1993. Os palestinos deveriam se desarmar e lutar contra o “terrorismo”, já os israelenses se comprometeriam e acabar a ocupação dos territórios de 1967. A Autoridade Palestina tentou cumprir o acordo, os sionistas fizeram o oposto, ampliaram os assentamentos ilegais.
Os Acordos de Oslo, assinados em 1993, foram um golpe do imperialismo contra a resistência palestina, liderada pelo Fatá, que prometeu um Estado da Palestina. Esse Estado não avançou em nada, então em 1998 houve esse novo processo de discussão.
O presidente dos Estados Unidos, Bill Clinton, convocou as duas partes para negociações em Wye River, em uma tentativa de reavivar o chamado processo de paz. O primeiro-ministro de “Israel” na época, Benjamin Netaniahu, e o líder da Autoridade Palestina, Iasser Arafat, participaram das negociações, que duraram quase duas semanas. Além da presença de Clinton também estava o rei Hussein da Jordânia.
O acordo constia em: A Autoridade Palestina se comprometeu a “combater o terrorismo”, incluindo a proibição de armas ilegais e a detenção de suspeitos de “terrorismo”; “Israel” concordou em retirar-se de mais partes da Cisjordânia em três fases; As duas partes se comprometeram a intensificar a cooperação em segurança, incluindo a formação de um comitê trilateral com a participação dos EUA para monitorar a implementação do acordo e resolver disputas; “Israel” se comprometeu a libertar prisioneiros palestinos.
Apesar do acordo ter sido assinado, sua implementação não aconteceu. As retiradas previstas no acordo foram suspensas no início de 1999, e o “processo de paz” foi interrompido. Netaniahu perdeu a eleição subsequente, sendo substituído por Ehud Barak, que tentou montar um novo acordo. Mas no ano 2000 os palestinos estavam cansados de ser enganados. Assim começou a Segunda Intifada, a grande rebelião palestina.
O Hamas, que sempre foi contra os Acordos de Olso, se tornou o partido mais popular da Palestina nesse momento.
