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Oriente Médio

Vazamento: “Israel” planeja ataque contra Irã

Documentos vazados no Telegram revelam possível ataque israelense ao Irã

Israel celebra a amizade com os EUA e a mudança da Embaixada dos EUA para Jerusalém em um evento especial realizado no MFA no domingo, 13 de maio de 2018

Após o vazamento de relatórios de inteligência altamente confidenciais, referentes aos preparativos de “Israel” para possíveis ataques ao Irã, os EUA iniciaram uma investigação formal, informou a rede norte-americana CNN no sábado, citando três oficiais norte-americanos.

O vazamento do relatório no aplicativo Telegram, ocorreu em meio a um intenso impasse entre Teerã e Tel Aviv. O Estado israelense prometeu responder ao maciço lançamento de mísseis disparados pelas forças iranianas no início deste mês, que por sua vez foi uma resposta ao assassinato de Nasseralá, líder político do Hesbolá, no Líbano, por forças israelenses.

Na sexta-feira (18), dois documentos foram postados no canal anônimo do Telegram “Middle East Spectator” (Espectador do Oriente Médio, em português). O canal, que possui uma linha editorial crítica ao Estado israelense, cobre eventos no Oriente Médio.

O primeiro dos arquivos, aparentemente formulado pela Agência Nacional de Inteligência Geoespacial do Pentágono, diz que as “Forças de Ocupação de Israel” [IDF, na sigla em inglês] “continuaram os preparativos das principais munições e a atividade secreta de UAV [em inglês, Unmanned combat aerial vehicle, um veículo aéreo de combate não tripulado, ou VACONT] em 16 de outubro, quase certamente para um ataque ao Irã”.

Já o segundo documento, contém um relatório detalhado sobre um “exercício de emprego de grande força” realizado pela Força Aérea israelense nos dias 15 e 16 de outubro. Novamente, o documento indica preocupação por parte dos estadunidenses de que essas atividades estariam convergindo a um ataque ao Irã.

Uma autoridade não identificada dos EUA confirmou a autenticidade dos documentos à CNN, descrevendo o vazamento como “profundamente preocupante”. O funcionário disse à rede que a investigação em andamento tem como objetivo determinar quem teve acesso aos arquivos ultrassecretos que acabaram chegando à mídia social.

Com a comprovação vinda dos EUA de que a documentação divulgada é verdadeira, observamos, mais uma vez, a preocupação dos estadunidenses com a escalada no Oriente Médio. Importante notar que esta preocupação não ocorre por questões morais, ou éticas, mas por puro desalinhamento entre os objetivos da “linha dura” do sionismo — que hoje comanda “Israel” e é extremamente influente na formação da política externa norte-americana — e a ala mais consciente do imperialismo norte-americano.

Resta saber, no entanto, se o vazamento destes documentos ocorreu buscando mudar a política estadunidense através da divulgação dos preparativos israelenses, ou apenas um “implante” vindo do próprio pentágono, com o objetivo de salvar face, frente à futura escalada israelense, que promete mergulhar o Oriente Médio em um profundo conflito com possibilidades nucleares (por parte de Israel) e de intervenção norte-americana.

Outra questão que merece análise — e que chegamos a aludir no parágrafo anterior —, é se esse “vazamento” é de fato um vazamento. Não é novidade que os EUA, neste momento, tentam diminuir o nível de sua intervenção direta no teatro do Oriente Médio, enquanto Israel busca trazer os norte-americanos para um conflito direto contra Teerã.

O canal do Telegram Middle East Spectator, que publicou os documentos, divulgou uma declaração no sábado (19), afirmando que havia recebido os arquivos de “uma fonte anônima no Telegram que se recusou a se identificar”. O canal afirmou ainda que não tinha “nenhuma conexão com o vazador original”.

Ainda em 1º de outubro, o Irã disparou quase 200 mísseis balísticos contra Israel em resposta à guerra em Gaza e aos assassinatos de membros importantes dos grupos militantes pró-palestinos Hamas e Hesbolá. De acordo com a “IDF”, a maioria dos projéteis foi interceptada, sendo a única vítima direta do ataque um homem palestino da Cisjordânia, morto pela queda de um fragmento de míssil. No entanto, muitos especialistas (inclusive ocidentais) duvidam da versão israelense, demonstrando por vídeos, fotos e relatos que, os projéteis iranianos não só atingiram o território ocupado por “Israel”, como destruíram uma série de bases militares da força sionista.

Outro fato importante nesta última semana, foi o pedido realizado pelas monarquias da península arábica para os EUA, pleiteando à potência norte-americana que intervenha contra qualquer tentativa de escalada militar israelense que atinja as instalações nucleares iranianas, tendo em vista que a resposta de Teerã afetaria toda a península, interrompendo o fluxo de petróleo na região. De fato, neste momento, os financiadores do Estado israelense são a única força capaz de dissuadir a escalada da entidade sionista.

O Estado israelense não especificou como e quando responderia à retaliação de Teerã, com alguns relatórios vazados alegando que as forças armadas da ocupação sionista estavam planejando atacar alvos militares no Irã, em vez de instalações nucleares ou de petróleo. Israel tomaria “decisões finais com base em nosso interesse nacional”, disse o gabinete do primeiro-ministro Benjamin Netaniahu na quinta-feira.

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