Vladimir Putin disse em uma coletiva de imprensa na Rússia que não virá ao Brasil para a reunião do G20 em novembro. Sua posição se deu depois que o procurador-geral da Ucrânia, Andriy Kostin, pediu para que o Brasil prendesse Putin se ele desembarcasse no Brasil, fazendo cumprir a sentença proferida pelo Tribunal Penal Internacional (TPI) em março de 2023, acusando o presidente russo de uma suposta deportação em massa de crianças ucranianas para a Rússia.
Havia a expectativa de que o presidente russo viesse ao Brasil e que as ordens do TPI pudessem não ser aceitas, mediante um acordo entre Brasil e Rússia, já que o presidente Lula deve viajar nas próximas semanas para o gigante país da eurásia para participar da cúpula dos Brics, que acontecerá na cidade de Kazan.
No entanto, no último domingo, dia 13, o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira declarou que havia a possibilidade de Putin ser preso se viesse para a reunião do G20 em solo brasileiro.
Apesar de não vir, Putin declarou que enviará um representante ao Brasil em seu lugar. Ele também declarou que sua ausência no evento se dará para não “estragar o clima” da reunião, além de dizer que, caso fosse necessária sua presença, um acordo poderia ser estabelecido.
A Ucrânia tem realizado pedidos a praticamente todos os países para os quais Vladimir Putin viaja, com o intuito de que o presidente russo seja preso. No entanto, até agora, nenhum país ousou tomar qualquer medida contra Putin.
Sediado em Haia, nos Países Baixos, o TPI não é reconhecido por muitos países. Até o momento, não deu sinais de que julgará os assassinos de crianças e genocidas de “Israel”, responsáveis por assassinar mais de 42 mil pessoas segundo os dados oficiais do Ministério da Saúde da Palestina e pela expansão do genocídio ao Líbano, onde agora, perseguem os inimigos do imperialismo.
Sobre isso, Putin declarou, segundo ao sítio da rede norte-americana CNN: “Em relação à independência, não quero me fazer soar sombrio, mas o tribunal criminal disse vai tomar decisões contra certos líderes do Oriente Médio. Pois os Estados Unidos os questionaram, e eles se calaram, a resposta é essa, o respeito a uma unidade que não é independente nem universal é realmente baixo, é de baixa consideração.”.
Em 2020 o TPI (também conhecido como “Corte de Haia”), já havia sido desmoralizado após o ex-presidente dos EUA Donald Trump colocar sanções contra funcionários do tribunal por investigações contra crimes de guerra no Afeganistão. Algo similar aconteceu após o Tribunal expedir uma ordem de prisão contra Netaniahu pelo genocídio no Oriente Médio, o que levou os EUA a fazer ameaças a funcionários da corte.
Fica evidente, portanto, que o TPI é apenas uma ferramenta do imperialismo para a opressão dos povos de todo o mundo. Dada essa característica, o Brasil precisa romper com a organização, já que muitos outros países não são signatários da corte, como, por exemplo, a própria Rússia e os EUA.
No entanto, o que se observa é mais uma capitulação vergonhosa do governo Lula. Após apoiar a pressão norte-americana contra aliados históricos, como o regime bolivariano da Venezuela e o sandinista da Nicarágua, Lula comete uma indelicadeza imperdoável contra um dos mais importantes líderes globais na luta contra a ditadura imperialista. A demonstração de sabujice e fraqueza é clara, evidenciando o controle do Estado brasileiro pelo imperialismo, uma vez que o boicote à participação de Putin no G20 claramente provém dos EUA e da UE.
Para se ter uma ideia da infiltração do imperialismo no País, desde o dia 7 de outubro do ano passado, nenhum palestino entrou em solo brasileiro, pois todos seus vistos foram negados, um ataque frontal à Constituição brasileira que garante o direito de asilo. Tudo para satisfazer os assassinos de mulheres e crianças de “Israel” e dos países imperialistas.
Além disso, um brasileiro está preso no País por ordens do Mossad, o serviço secreto de “Israel”. Lucas Passos Lima foi acusado de recrutar pessoas para o Hesbolá, partido que não é considerado terrorista pelo Brasil, para explodir sinagogas brasileiras, um tipo de ação não visto em lugar algum do mundo.
Um governo capaz de proteger a soberania brasileira deveria permitir a vinda de Putin, garantindo sua segurança e integridade. A presença de Putin seria uma das únicas que permitiriam um fortalecimento do Brasil, ao contrário de criminosos como o chanceler alemão Olaf Sholz, o presidente da França Emmanuel Macron e o presidente dos Estados Unidos Joe Biden, todos responsáveis diretos pela matança desenfreada na Palestina e no Líbano.
Contra a presença desses vampiros, o Partido da Causa Operária (PCO) convoca a todos os militantes dos partidos de esquerda, todos os ativistas, trabalhadores, estudantes e pessoas preocupadas com o futuro do mundo a participarem dos atos nos dias 19 e 20 de novembro, no Rio de Janeiro. O tema central é a oposição à presença dos governantes imperialistas já citados, assim como a de outros como os representantes do Japão, da Itália, da Inglaterra, todos tão genocidas e repulsivos como Netaniahu, que vêm ao Brasil com o intuito de forçar o governo brasileiro a submeter-se ainda mais, em favor do genocídio árabe e pelo espólio ainda maior da população brasileira.
O PCO está organizando caravanas saindo de todas as regiões do Brasil, por isso, entre já em contato com militantes conhecidos ou através das redes sociais do Partido. Venha e traga seus amigos para expressar o repúdio popular contra a ditadura mundial no dia 18 de novembro, no Rio de Janeiro.
