O último sábado, 19 de outubro de 2024, se tornou mais um capítulo sangrento na longa história de massacres promovidos pela ditadura sionista na Faixa de Gaza. A cidade de Beit Lahia, localizada no norte do território sitiado, foi brutalmente atingida por bombardeios israelenses, resultando na morte de pelo menos 73 palestinos, conforme dados do Ministério da Saúde de Gaza. Entre as vítimas, várias eram mulheres e crianças. O ataque destruiu prédios residenciais inteiros e causou a destruição de um centro de distribuição de ajuda humanitária. A cena foi descrita como um verdadeiro campo de horror.
Não satisfeito em promover um massacre em Beit Lahia, o exército de “Israel” também voltou suas bombas para outras regiões de Gaza, num esforço coordenado para intensificar o terror e a destruição. Em Tal Al-Hawa, ao sul da Cidade de Gaza, mais 28 palestinos foram mortos, elevando o saldo do dia para um total macabro de 108 vidas perdidas. O bombardeio atingiu uma escola e um hospital, alvos que deveriam ser protegidos, mas que se tornaram cenários de morte e desespero. A indignação internacional, como de costume, limitou-se a notas de repúdio, enquanto a carnificina segue ininterrupta.
A Defesa Civil de Gaza descreveu o ataque a Tal Al-Hawa como um dos mais devastadores desde o início do genocídio em curso. Médicos relataram que muitas das vítimas eram crianças e mulheres, reforçando a impiedosa campanha de extermínio levada a cabo pela ditadura sionista. Os moradores locais e organizações humanitárias denunciam a contínua destruição de casas e hospitais, além do bloqueio de ajuda vital para a sobrevivência da população civil. “Os hospitais no norte de Gaza sofrem com a escassez de suprimentos médicos e mão de obra e estão sobrecarregados pelo número de vítimas”, alertou o Dr. Hussam Abu Safiya, em depoimento à agência de notícias Reuters.
O governo sionista, como de costume, tentou minimizar o massacre, alegando que os números de mortos fornecidos por fontes palestinas são exagerados. As forças armadas de “Israel” declararam que seus ataques foram direcionados a alvos militares, e que as informações do Hamas não são confiáveis. “Os números publicados pelo Escritório de Informações Governamentais do Hamas em Gaza são exagerados e não se alinham com as informações mantidas pelo governo israelense”, afirmou um porta-voz do exército sionista. Essa declaração cínica serve apenas para desviar a atenção do fato inegável: civis são as principais vítimas dessa guerra de extermínio do povo palestino.
Enquanto isso, o número de mortos no campo de refugiados de Jabalia, o maior da Faixa de Gaza, continua a crescer. Na sexta-feira, 18 de outubro, um bombardeio israelense matou pelo menos 33 palestinos e deixou 85 feridos. A Defesa Civil de Gaza relatou que muitas pessoas ainda estavam presas sob os escombros, o que sugere que o número de mortos pode ser ainda maior. Crianças também estão entre as vítimas desse ataque covarde. O Hamas afirmou que as forças de ocupação explodiram estradas e destruíram várias casas em Jabalia, causando um rastro de destruição que dificilmente pode ser justificado por qualquer objetivo militar.
As tropas israelenses avançaram no campo de refugiados após atravessar subúrbios e distritos residenciais. Relatos de moradores indicam que o exército sionista está deliberadamente destruindo casas e isolando hospitais, impedindo o fluxo de ajuda humanitária. “O norte de Gaza foi reduzido a escombros”, afirmou um morador local, ecoando o desespero sentido pela população palestina. Desde o início da ofensiva, em resposta aos ataques do Hamas em 7 de outubro de 2023, Gaza vive sob constante cerco e bombardeio. Segundo autoridades de saúde palestinas, mais de 42 mil palestinos foram mortos pela ditadura sionista até o momento.
O bombardeio em Jabalia não foi um evento isolado. Outros ataques no mesmo dia mataram 39 palestinos em várias partes da Faixa de Gaza, segundo o Ministério da Saúde. Em meio ao caos, a comunidade internacional se mantém em um silêncio ensurdecedor, permitindo que “Israel” continue sua campanha de genocídio sob a justificativa de combate ao terrorismo.
Em uma tentativa desesperada de justificar suas ações, “Israel” anunciou que teria matado o líder do Hamas, Yahya Sinwar, na quinta-feira, 17 de outubro. A narrativa de que o Hamas se esconde entre civis é frequentemente usada para justificar os massacres, mas a realidade é que os ataques israelenses atingem, em sua maioria, alvos civis desprotegidos. A operação em Jabalia, segundo o exército israelense, tem como objetivo impedir o reagrupamento de combatentes do Hamas, mas o que se vê na prática é a destruição sistemática de infraestrutura civil e a morte de inocentes.
Enquanto isso, os hospitais de Gaza continuam operando no limite. As instalações médicas no norte da Faixa estão superlotadas e enfrentam uma escassez alarmante de suprimentos. No Hospital Kamal Adwan, por exemplo, as equipes médicas foram obrigadas a priorizar o atendimento de adultos gravemente feridos, em detrimento de crianças que necessitam de cuidados intensivos. “A situação é insustentável. Estamos exaustos, os suprimentos estão se esgotando e não temos como atender a todos”, relatou o Dr. Abu Safiya em um vídeo divulgado pela imprensa local.
A ditadura sionista afirmou que enviou 30 caminhões de ajuda para o Norte de Gaza, incluindo alimentos, água e suprimentos médicos. No entanto, as autoridades de saúde palestinas e o Hamas denunciaram que essa ajuda não está chegando às áreas mais afetadas. “Estamos lutando contra o Hamas, não contra o povo de Gaza”, afirmou Nadav Shoshani, porta-voz militar de “Israel”. Essa declaração soa como mais uma tentativa cínica de desviar o foco da realidade: a população civil palestina é, de fato, o alvo principal dos ataques.
A catástrofe humanitária em Gaza é agravada pela destruição deliberada de infraestruturas essenciais. Philippe Lazzarini, chefe da agência de refugiados palestinos da ONU (UNRWA), denunciou que escolas da ONU foram bombardeadas pela terceira vez na mesma semana. “Perdemos 231 membros da nossa equipe no último ano”, declarou Lazzarini, reforçando o tamanho do desastre. As famílias palestinas que se refugiaram nessas escolas, acreditando estarem seguras, foram traídas pela comunidade internacional que assiste de camarote à destruição de vidas humanas.
O sábado sangrento promovido pela ditadura sionista é mais um exemplo da brutalidade genocida que rege a política de “Israel” na Faixa de Gaza. Enquanto isso, a resistência palestina segue firme, mesmo diante de tamanha tragédia, reforçando que o povo palestino não será exterminado sem lutar por sua terra e sua liberdade.