Saúdo meus colegas professores, a todos os trabalhadores da educação, a todos aqueles educadores que dão um duro danado e que, no dia de hoje, se deparam com uma enorme demagogia, onde os políticos responsáveis pela miséria salarial que nós vivemos saem a fazer elogios e a dizer que os professores são fundamentais. Mas no holerite a realidade é outra.
No dia em que comemoramos o Dia do Professor, enfrentamos uma série de ataques que têm retirado os direitos de nossa categoria, como as reformas administrativas, a política de privatização e terceirização das escolas, a militarização das escolas — colocando as escolas a serviço de militares, uma verdadeira ditadura —, e a política de assédio cometida por todos os governos, aqui em São Paulo e no país todo, que querem cobrar mais dos professores, sem retribuir em nada no salário e nas melhores condições de trabalho.
Por isso, meu amigo professor, minha amiga professora, faço aqui um chamado: é necessária a mobilização. Devemos condenar toda a hipocrisia e demagogia dos políticos que falam que os professores são essenciais, mas, no orçamento, nós somos colocados em último lugar. Devemos condenar os falsos, os mentirosos que, agora, nas campanhas eleitorais, prometem mundos e fundos, mas, nas nossas greves, chamam a polícia para reprimir nossa voz. No orçamento, quando discutem a verba para a educação, fazem seguidos cortes, como estão sendo anunciados agora pelos governos para o próximo ano.
Contra essa política, mais do que nunca, os professores precisam sair às ruas, se unir. Esse é o nosso chamado neste Dia dos Professores. Esse é nosso chamado dos Educadores em Luta.