Nessa terça-feira (15), o vice-secretário-geral do Hesbolá, Xeque Naim Qassem, fez um discurso televisionado em que falou sobre a atual situação do conflito com o exército de ocupação e também as perspectivas em relação as ações da resistência armada na região.
Sobre o mártir, Sayyed Hassan Nasseralá, Qassem afirmaou que sua memória e sua luta continuam em todos os combatentes da resistência e que sua vontade de libertar o povo da região do imperialismo continua mais viva do que nunca. “Sayyed Nasseralá não nos deixou, pois temos combatentes travando batalhas por sua vontade e seu povo continua forte por amor a ele. Nossa confiança de que seremos vitoriosos não tem limites”.
Em relação à Operação Dilúvio de Al-Aqsa, de 7 de outubro, Qassem explicou que “teve como objetivo transmitir uma mensagem ao mundo após mais de 75 anos de ocupação, massacres e ataques”. “Nosso apoio [da Resistência] aos palestinos é um apoio à justiça; como eles foram injustiçados, estamos limitando o projeto expansionista israelense ao fazer isso”.
Qassem explicou que a ocupação [israelense] só deixou o Líbano por causa da Resistência, afirmando que “nosso país está dentro do escopo do projeto expansionista de Israel“. Ele enfatizou que “Israel” como ocupação representa um perigo significativo tanto para a região quanto para a comunidade global e que é “uma ocupação expansionista que não para na Palestina”. Ele continuou: “não respondemos ao pedido deles para separar o Líbano de Gaza, pois o projeto atual é expansionista”.
Ele explicou ainda que, ao permanecerem firmes e suportarem sacrifícios, causando dor ao inimigo, eles estão protegendo as gerações futuras, enfatizando que, embora os confrontos tenham um preço, eles, em última análise, abrem caminho para a liberdade. Qassem continuou dizendo: “se não fosse pelos EUA, o Grande Satã, ‘Israel’ não teria sido capaz de obter controle dessa forma, buscando um ‘Novo Oriente Médio’.”
Ele também esclareceu que “o genocídio conduzido por Israel e pelos EUA significa que ambos são parceiros na implementação de um novo Oriente Médio, ao estilo israelense”.
Com a escalada do conflito, o vice secretário-geral afirmou que:
“Como o inimigo tem como alvo todo o Líbano, temos o direito de atacar qualquer local dentro da entidade, que escolheremos conforme acharmos adequado”.
Segundo a Al Mayadeen, Qassem pediu aos colonos israelenses que não confiassem nas alegações de seu governo sobre as capacidades do Hesbolá.
Finalizando seu discurso, Qassem reforçou a unidade na luta contra o inimigo sionista e toda a ocupação garantindo que saíram vitoriosos e que todos poderão voltar para suas terras e casas. Citando um versículo do Alcorão, enfatizou que “a vitória vem com a paciência”.