Na noite desse domingo (13), o Hesbolá realizou uma das mais bem-sucedidas operações militares contra as forças israelenses desde a deflagração da Operação Dilúvio de Al-Aqsa. De acordo com a emissora libanesa Al Mayadeen, o ataque foi realizado por veículos aéreos não tripulados (VANTs), que atingiram uma base militar israelense em Binyamina, ao sul de Haifa, resultando em pelo menos três mortos e dezenas de feridos. O alvo principal do ataque foi o refeitório da base, onde muitos soldados estavam reunidos no momento da explosão, aumentando significativamente o número de baixas.
Relatórios da imprensa israelense confirmaram que as defesas aéreas de Israel falharam em detectar o VANT, permitindo que ele sobrevoasse a área e disparasse sem que os alarmes de ataque aéreo fossem acionados. A gravidade do ataque foi tal que cerca de 50 ambulâncias foram rapidamente enviadas ao local para transportar os feridos, com apoio de helicópteros para a evacuação das vítimas. Segundo a Al Mayadeen, ao menos 67 soldados israelenses ficaram feridos, muitos em estado grave, o que levanta preocupações sobre o aumento do número de mortos nas próximas.
O Hesbolá, em comunicado oficial, assumiu a responsabilidade pela operação, afirmando que a ação foi uma resposta direta aos recentes ataques de “Israel” contra o Líbano, especificamente na capital Beirute, nos bairros de Deir El-Nourieh e Al-Bustan. A organização também sublinhou que o ataque faz parte da série de operações denominadas Khaibar, realizadas em solidariedade ao povo palestino e à resistência em Gaza, além de ser uma defesa legítima do Líbano e de sua soberania.
Ainda segundo o comunicado, a operação foi planejada para atingir alvos estratégicos, com o uso de VANTs para sobrevoar e bombardear áreas de grande concentração militar. A base atacada é conhecida por abrigar soldados da Brigada Golani, uma das mais importantes unidades de combate de Israel. O Hesbolá reiterou sua determinação em continuar respondendo às agressões israelenses e reafirmou seu compromisso com a defesa dos povos oprimidos da região.
Em termos de impacto, o ataque foi descrito pela Rádio do Exército de “Israel” como um dos mais mortais contra as forças israelenses desde o início do conflito entre o regime e o Hesbolá, em referência ao número significativo de soldados mortos e feridos. A operação também expôs falhas no sistema de defesa israelense, que não conseguiu prever ou interceptar o VANT que causou o ataque devastador.
Além das baixas diretas, o ataque intensificou o clima de alerta em “Israel”. Segundo a emissora iraniana IRNA, as autoridades militares israelenses se mobilizaram rapidamente para reforçar a segurança em suas bases, especialmente em regiões do norte do país artifical, que têm sido alvos recorrentes de ataques do Hesbolá. A organização libanesa havia alertado anteriormente que considerava todas as bases e instalações militares israelenses como alvos legítimos, sobretudo aquelas situadas em áreas densamente povoadas, como Haifa e Tabaraya.
O Hesbolá também emitiu um novo alerta aos colonos israelenses, instando-os a evitarem qualquer proximidade com bases militares e áreas onde as forças israelenses estejam concentradas, a fim de preservar suas vidas. Essa advertência já havia sido feita alguns dias antes, quando a resistência libanesa começou a intensificar seus ataques em retaliação às incursões israelenses em território libanês.
Ainda de acordo com a IRNA, o Hesbolá reafirmou que está plenamente preparado para continuar defendendo o Líbano e que não hesitará em retaliar quaisquer novos ataques israelenses. A organização enfatizou que sua resposta está alinhada com o dever de proteger o país e seu povo, especialmente em tempos de agressão e ocupação estrangeira.