Em depoimento concedido ao Diário Causa Operária logo após a realização da 37ª Conferência Nacional do Partido da Causa Operária (PCO), Antônio Carlos Silva, dirigente de longa data do Partido, fez um balanço da atividade ocorrida em 12 de outubro. A conferência, segundo ele, refletiu o expressivo desenvolvimento político da organização, não apenas no último processo eleitoral, mas ao longo dos últimos períodos de luta política no Brasil.
Silva destacou que o PCO fez uma análise madura da conjuntura política atual, abordando tanto o avanço da direita quanto a crise interna na esquerda, que se intensificou com o fracasso da política de frente ampla. O partido também realizou um balanço profundo de suas atividades recentes, destacando os desafios enfrentados e os avanços conquistados.
Entre os obstáculos citados, o dirigente do PCO mencionou o intenso cerco ao qual o PCO foi submetido durante o último período eleitoral. Apesar dessas dificuldades, o PCO destacou-se como o partido da esquerda revolucionária que mais lançou candidatos e que registrou o maior crescimento percentual, com um aumento impressionante de quase 1000% em relação às últimas eleições municipais.
O tom positivo e combativo do depoimento de Antônio Carlos Silva reflete o espírito do PCO na 37ª Conferência Nacional, apontando para um partido que, apesar das dificuldades, se prepara para avançar na cena política brasileira com mais força e determinação.
Veja a declaração na íntegra:
“A conferência registrou o expressivo desenvolvimento político do partido. Não só no último processo eleitoral, mas ao longo do último período de luta. O Partido fez um balanço bastante maduro da situação política, do avanço da direita e da crise que se colocou no interior da esquerda, diante do fracasso da política da frente ampla. E, ao mesmo tempo, fez um balanço da sua própria atividade.
O Partido passou por um intenso cerco, incluindo o bloqueio de seu fundo eleitoral até poucos dias antes das eleições, cerco da imprensa e censura, que atingiu mais de 20 milhões de brasileiros, como no caso do X, e que prejudicou claramente a campanha da esquerda revolucionária. Mesmo com tudo isso, foi o partido que mais lançou candidatos da esquerda revolucionária, e também o que teve o maior percentual de crescimento, com um aumento de quase 1000% em relação às últimas eleições municipais.
O Partido se fortaleceu politicamente, como a conferência comprovou, pelo debate, pela disposição de fortalecer o partido nas regionais e pelas importantes decisões políticas que foram tomadas para a próxima etapa. Eu destaco a decisão de lançar a candidatura presidencial em 2026, com o companheiro Rui Costa Pimenta, e a realização de conferências regionais e estaduais nos próximos dias, que vão discutir essa política de fortalecimento do Partido, aprovar indicações de pré-candidatos aos governos estaduais e ao Senado. A conferência se encerrou aprovando uma proposta de luta imediata, que é a realização de um grande ato no Rio de Janeiro, no próximo encontro do G20.
A conferência foi, do começo ao fim, uma conferência de luta, com enorme ânimo da militância, contrastando com a tristeza da esquerda, que está vendo fracassar sua política. O PCO entende claramente que é hora de avançar na luta contra a direita e pela organização dos trabalhadores.”