O líder da oposição israelense e ex-primeiro-ministro Jair Lapid pediu a reconstituição do Exército do Sul do Líbano (ESL), uma milícia fascista que ajudou o exército israelense a ocupar o sul do Líbano na década de 1970.
Em um artigo de opinião publicado na The Economist em 8 de outubro, Lapid pediu a “reorganização da estrutura política do Líbano e, mais importante, a reconstrução de seu exército”.
Lapid defendeu o golpe de Estado no Líbano, dizendo que “a comunidade internacional precisará nomear uma espécie de comitê de supervisão para o Líbano, para gerir a vida civil por um período determinado, até que eleições possam ser realizadas e um novo governo assuma o controle”.
Ele afirmou: “soldados libaneses atualmente ganham $120 por mês, e mesmo esse dinheiro nem sempre chega. Com um investimento que seria insignificante em termos internacionais, um Exército do Sul do Líbano pode ser construído, posicionado ao sul do rio Auali, atuando como um tampão entre Israel e o Hesbolá”.
“No passado, o Exército do Sul do Líbano que existia nessa área tinha uma natureza totalmente diferente e mais limitada. O mais importante é que era uma entidade completamente separada das Forças Armadas Libanesas, o exército oficial do Líbano, e agia sem coordenação ou instrução do governo do país. Desta vez deve ser diferente,” acrescentou Lapid.
O Exército do Sul do Líbano (ESL) foi criado por Israel em 1976, após o colapso do governo por causa da intervenção imperialista que levou a chamada guerra civil.
O ESL serviu como uma força colaboracionista após a invasão e ocupação israelense do Líbano em 1982. Liderado pelo general Antoine Lahad, o ESL era composto por homens de diferentes religiões, mas os cristãos representavam 60% da força.