No dia 7 de outubro, quando os povos oprimidos de todo o mundo celebravam a operação militar mais bem sucedida do século, responsável por humilhar o exército mais arrogante do planeta, a Folha de S.Paulo, revelando-se uma sucursal dos serviços de inteligência dos Estados Unidos e de “Israel”, publicou um artigo asqueroso de uma tal Becky S. Korich, que se apresenta como “advogada, escritora e dramaturga”. Embora a Folha tenha escondido em sua biografia, a senhora Korich é, na verdade, diretora da Confederação Israelita do Brasil (Conib), uma entidade dedicada à perseguição de jornalistas, militantes e partidos políticos no Brasil.
Intitulado Atentados de 7 de Outubro inauguraram o ‘antissemitismo moderno’, o artigo é repleto de mentiras que já foram exaustivamente desmascaradas pelas forças de resistência que atuam no Oriente Médio. O texto descreve a ação revolucionária do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) e seus aliados como uma espécie de teatro selvagem:
“As pessoas do festival ainda não tinham dormido; outras, que moravam no kibutz, já tinham acordado. Às 6h30 do dia 7, o inferno começou. A música foi bruscamente interrompida por uma tropa de terroristas com sede de sangue. Chegaram com ordens para matar, violentar, mutilar, queimar bebês e sequestrar civis. Ultrapassaram não só as fronteiras do território, mas também os limites da humanidade. Foram bárbaros, cruéis, medievais.”
Não, senhora Korich. Conforme já foi demonstrado pelo próprio Hamas, o objetivo da operação era atacar alvos militares israelenses. E é justamente por isso que foi um sucesso: o Hamas, uma milícia de combatentes de um dos povos mais martirizados da história, conseguiu eliminar de 300 a 400 soldados israelense. Uma operação absolutamente grandiosa.
E os tais civis? Hoje, até mesmo veículos da imprensa imperialista, para evitar a sua total desmoralização, já reconhecem que a maioria dos civis foram mortos pelas próprias forças de ocupação, que estavam sob a famosa Diretriz Aníbal. Outra parte dos supostos civis eram os colonos, que estavam armados e, portanto, reagiram à ação da resistência.
“Israel”, mesmo sendo dono de um dos aparatos mais poderosos de polícia e espionagem, foi incapaz de provar que os combatentes islâmicos tenham praticado qualquer ato de barbárie. Em um ano de conflito, não se viu mutilação, queimação de bebês ou qualquer coisa do tipo. Pelo contrário: todas as acusações se provaram mentirosas e produzidas por organizações diretamente ligadas ao Estado de “Israel”.
Ao mesmo tempo, o caráter cruel e fascista de “Israel” foi exposto ao mundo. As torturas a prisioneiros, incluindo o treinamento de cachorros para o estupro dos presos, o assassinato de crianças, a censura e a destruição do patrimônio religioso do povo palestino foram vistos pelo planeta inteiro.
A essa altura do campeonato, quem apresenta o Hamas como “selvagem” e como responsável pela guerra em curso é um apoiador consciente dos crimes praticados por “Israel”. As mentiras sobre as forças de resistência não cumprem outro papel que não o de apresentar os israelenses como uma pobre vítima que está se defendendo.
Felizmente, para a maioria da população mundial, essa versão já caiu por terra. A senhora Korich pode espernear à vontade, mas o fato é que, a cada dia que se passa, menos pessoas acreditam na tese grotesca de que os israelenses são perseguidos porque são judeus. Nenhum judeu que esteve nos campos de concentração nazistas esteve entre os fundadores de “Israel”. E nem poderia estar: “Israel” é opressor, e não oprimido. E é, como também vem se tornando claro, um instrumento dos poderosos para a opressão de todos os povos do mundo.
O choro cínico da autora pouco serve para convencer alguém de que “Israel” é a vítima da história. No entanto, é um mau sinal de que o imperialismo não pretende abrir mão da defesa de “Israel”. Se, após um ano do genocídio que tem deixado mais de 40 mil mortos, a Folha está preocupada em defender “Israel”, é um indicativo de que a burguesi não apenas apoia os seus crimes de guerra, como planeja crimes futuros.f