A política de cotas para pessoas trans e travestis tem avançado nas universidades públicas brasileiras. Recentemente, a Unifesp, UFF e UFRRJ decidiram destinar vagas para esse grupo a partir de 2025, juntando-se a outras 15 instituições que já adotaram essa política. Esse movimento é apoiado pelo Ministério da Educação (MEC). A questão que fica é como aplicar cotas para uma população que não chega nem mesmo a 1% do total do Brasil.
As universidades que implementaram as cotas também criaram grupos de trabalho para avaliar os efeitos a longo prazo. Bruna Benevides, presidente da Antra, ONG de defesa dos trans, afirma que as cotas são uma resposta à violência sistemática enfrentada por pessoas trans no Brasil. Segundo seus dados, entre 2017 e 2023, 1.057 homicídios de pessoas trans foram registrados, com um aumento de 10,7% de assassinatos entre 2022 e 2023. Ainda assim não é explicada a relação direta entre as cotas e a violência.
A adoção das cotas nas universidades públicas não ocorreu sem oposição, com ações na Justiça contra a política. No entanto, as decisões judiciais têm sido, em sua maioria, favoráveis. O que deixa o quadro ainda mais estranho, quando o judiciário facilmente auxilia os oprimidos?
Algumas universidades, como a Unicamp, já iniciaram a implementação da política, outras, como a USP, ainda estão em processo de debate interno, impulsionadas pela pressão do “movimento” identitário de grupos como a “Caravana por Cotas Trans”, ou seja, sob a pressão das ONGs.
O fato do MEC apoiar também é um sinal ruim, o ministério está quase que sob controle direto de Lehman, o homem mais rico do Brasil, também ligado a diversas ONGs.
No fim, a política de cotas não irá auxiliar em nada a população trans contra a violência. Serão dois vencedores, as ONGs, que avançam com força dentro do governo, e a extrema direita, que cresce cada vez mais como reação a esse identitarismo absurdo.