Neste ano, a Câmara Municipal de São Paulo elegeu 20 mulheres vereadoras, um aumento de 53,8% em relação a 2020, quando 13 mulheres foram eleitas. As mulheres agora ocupam 36,3% das 55 vagas disponíveis no legislativo municipal. Mas há uma pegadinha, o crescimento do número de mulheres eleitas foi um crescimento da direita!
Ana Carolina Oliveira (Podemos), mãe de Isabella Nardoni, foi a mulher mais votada, com 129.521 votos, ficando atrás apenas de Lucas Pavanato (PL). Amanda Paschoal (PSOL), uma trasn, foi a segunda mulher mais votada, com 108.654 votos, sendo a quinta vereadora mais votada no geral. O PSOL e o PL destacaram-se, elegendo quatro mulheres cada um.
O quadro é o seguinte: o PSOL e o PL elegeram quatro mulheres cada um; o União, duas mulheres; o PT, PSD, PSB, Novo, PP, Podemos e Rede elegeram uma mulher cada um. Ou seja, da esquerda foram 5 mulheres, da direita 15. Só com esses números cai a farsa identitária. Além disso, o maior número de mulheres eleitos na esquerda foi do PSOL, o partido mais direitista e mais identitário.
O avanço das mulheres na Câmara de São Paulo não é nenhuma vitória real para a luta da mulher. Isso mostra como a política identitária é uma farsa. A luta das mulheres pode levar a avanços reais, como o caso da presidenta Dilma, eleita com uma plataforma nacionalista do PT que beneficiou milhões de mulheres com algumas reformas. Ao mesmo tempo, o governo Lula também teve esse impacto mesmo sendo de um homem.