Ainda em março, as Nações Unidas divulgaram, em relatório, que o Estado israelense havia matado mais crianças desde o dia 07 de outubro, que a somatória dos últimos quatro anos de conflitos em todo o mundo.
Apesar de ter sido criticado por suas atrocidades, o posto avançado do imperialismo euro-atlântico ampliou sua ação beligerante, atacando o Líbano, bombardeando o Iêmen e a Síria.
A última grande vítima de “Israel” foi o líder do Hesbolá, Hassan Nasralá, que foi morto em um bombardeio maciço realizado pelo Estado sionista contra o quartel-general da organização, nos subúrbios ao sul de Beirute, uma região civil.
Com sua morte, o nome de Nasralá é apenas o mais recente em uma lista crescente de líderes políticos e militares do Oriente Médio que foram localizados e assassinados pelas forças israelenses nos últimos meses.
Abaixo encontra-se uma lista de líderes e comandantes do Hesbolá, Hamas e forças iranianas, cujas mortes foram reivindicadas ou atribuídas ao Estado sionista neste último ano de conflito.
Hesbolá
Hassan Nasralá – Um porta-voz militar israelense anunciou que o chefe do Hesbolá havia sido “eliminado” em ataques à capital libanesa na sexta-feira (27 de setembro). Mais tarde, o Hesbolá confirmou sua morte.
Ibrahim Qubaisi – Um ataque aéreo nos subúrbios do sul de Beirute, em 24 de setembro, matou Qubaisi, um comandante e figura importante na divisão de foguetes do Hesbolá, segundo fontes das forças armadas israelenses.
Ibrahim Aqil – O comandante de operações do Hesbolá, que fez parte do principal órgão militar do grupo, foi morto por um ataque israelense nos subúrbios ao sul de Beirute em 20 de setembro. Aqil, que também usou os pseudônimos “Tahsin” e “Abdelqader”, era membro do principal órgão militar do Hesbolá, o Conselho da Jihad. Os Estados Unidos o acusaram de ter participado de dois atentados a bomba no Líbano.
Ahmed Wahbi – Foi identificado como um dos principais comandantes que supervisionou as operações militares da Força al-Hajj Radwan na guerra de Gaza até o início de 2024. Foi morto em um ataque de forças israelenses que teve como alvo vários comandantes importantes do Hesbolá, inclusive Ibrahim Aqil, nos subúrbios de Beirute em 20 de setembro.
Fuad Shukr – Um ataque israelense nos subúrbios ao sul da capital do Líbano, em 30 de julho, matou o principal comandante do Hesbolá, Fuad Shukr, identificado pelos militares israelenses como o braço direito de Nasralá, sendo uma das principais mentes militares do Hesbolá por mais de 40 anos. Os EUA impuseram sanções a Shukr em 2015 e o acusaram de ter desempenhado um papel central no bombardeio de 1983 contra o quartel da marinha americana em Beirute, que matou 241 militares norte-americanos.
Muhammed Nasser – O líder sênior do Hesbolá foi morto em um ataque aéreo israelense em 3 de julho em Tyre, no Líbano. “Israel” reivindicou a responsabilidade, dizendo que ele chefiava uma unidade responsável por disparar contra posições israelenses a partir do sudoeste do Líbano. Nasser, também conhecido como Hajj Abu Nimah, também teria sido responsável por uma seção das operações do Hesbolá na fronteira com “Israel”.
Taleb Abdallah – O comandante de campo sênior do Hesbolá foi morto em 12 de junho em um ataque reivindicado por “Israel”, que disse ter atingido um centro de comando e controle no sul do Líbano. Fontes de segurança no Líbano disseram que ele era o comandante do Hesbolá na região central da faixa de fronteira sul e tinha a mesma patente de Nasser. Sua morte fez com que o grupo disparasse uma forte rajada de foguetes contra posições israelenses do outro lado da fronteira.
Autoridades iranianas
Mohammad Reza Zahedi – um comandante sênior da Força Quds (grupo de elite da Guarda Revolucionária Islâmica) e seu subordinado Mohammad Hadi Hajriahimi foram assassinados em um ataque aéreo israelense em abril que destruiu o consulado iraniano em Damasco.
Hamas
Ismail Haniyeh – O líder do gabinete político do Hamas foi assassinado na madrugada de 31 de julho no Irã. Ele teria sido morto por um míssil que o atingiu diretamente em uma pousada estatal em Teerã, onde estava hospedado. Apesar do Estado sionista não reivindicar a responsabilidade pelo ataque, os israelenses são os únicos presentes na região capazes de realizar um disparo tão preciso, ao mesmo tempo em que se beneficiariam com a morte de Haniyeh.
Saleh al-Arouri – O vice-chefe do Hamas, Saleh al-Arouri, foi assassinado por um ataque de drone israelense nos subúrbios de Dahiyeh, ao sul de Beirute, em 2 de janeiro de 2024. Arouri também foi um dos fundadores da ala militar do Hamas, as Brigadas al-Qassam.