Cerca de 45 mil operários portuários da Costa Leste e do Golfo dos EUA retornarão ao trabalho após o sindicato ter suspendido a greve que começou na terça-feira (1). A International Longshoremen’s Association (ILA), sindicado dos portuários, decidiu suspender a greve de três dias até 15 de janeiro para permitir a negociação de um novo contrato.
O sindicato e a U.S. Maritime Alliance, que representa os empresários, anunciaram que chegaram a um acordo preliminar sobre os salários, aumentarão em 62% ao longo de seis anos.
A suspensão da greve evita potenciais desabastecimentos antes das eleições presidenciais de novembro, o que alivia uma pressão sobre o governo Biden. Analistas afirmam que, embora a greve tenha sido breve, a recuperação levará cerca de 20 dias, mas a capacidade de manuseio de carga nos portos aumentará gradualmente durante esse período. A greve começou após o término do contrato da ILA, que se referia à remuneração e à automação nas operações portuárias.
A ILA estava pedindo um aumento de 77% ao longo de seis anos e uma proibição total da automação nos portos, que consideram uma ameaça a seus empregos. A automação realizada pela burguesia leva a demissões em massa. A reivindicação para os trabalhadores deve ser a escala móvel de trabalho. Se forem compradas máquinas os trabalhadores devem diminuir sua carga horária, assim não há demissões.
O sindicato parece ter cedido a pressão, pois a força de greve poderia ter conquistado o aumento de 77%. Mas a greve demonstrou a força do movimento operário dos EUA, que está em uma crescente.