O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, destacou, nessa sexta-feira (3), que o governo norte-americano não emitiu uma condenação a “Israel” após seu ataque terrestre ao Líbano, explicando que, assim, o imperialismo norte-americano está incentivando a expansão das operações militares.
“Após o início da invasão terrestre de Israel no Líbano na noite de 1º de outubro, não houve nenhuma resposta ou condenação por parte do governo dos Estados Unidos a esse ato agressivo contra um Estado soberano. Assim, Washington está efetivamente incentivando seu aliado no Oriente Médio a ampliar a área das operações militares”.
Lavrov acrescentou que “os desenvolvimentos trágicos e inaceitáveis no conflito árabe-israelense, no Líbano, Iêmen, Mar Vermelho, Golfo de Áden, Sudão e outras regiões de conflito na África refletem uma verdade inegável: a segurança não pode ser fragmentada, considerando os impactos que causa em outros países”.
Ele também afirmou que “os métodos de assassinatos políticos, que se tornaram uma prática quase rotineira, são profundamente preocupantes, como ocorreu em 31 de julho em Teerã e em 27 de setembro em Beirute”.
A Rússia condenou “fortemente o ataque israelense ao Líbano”, pediu a “Israel” que cessasse suas ações agressivas e advertiu que o ataque “levará a uma maior escalada de violência no Oriente Médio”. Lavrov afirmou que “Israel não atingiu seus objetivos após todo esse combate”, e considerou que o país “deseja provocar uma guerra total”.
A denúncia de Lavrov reforça a ideia de que o imperialismo está em uma contra-ofensiva contra todos os povos e governos que se rebelam contra a sua dominação. É essa contra-ofensiva que tem, por um lado, levado a golpes de Estado em todo o mundo, da Venezuela a Bangladexe, e que tem, ao mesmo tempo, contribuído, por meio de seus serviços secretos, com o assassinato de lideranças árabes.