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Economia brasileira

Haddad, o bom garoto dos banqueiros

A direita comemorar o selo de aprovação dos bancos com a política econômica seria compreensível. A esquerda fazer o mesmo, no entanto, é uma capitulação

Recentemente, a agência de classificação de risco Moody’s elevou a nota de crédito soberano do Brasil, aproximando o país de retomar o “grau de investimento”. Para muitos, isso poderia soar como uma boa notícia, mas é essencial olhar além das aparências. Essa melhoria na classificação, no entanto, não é uma vitória para o povo brasileiro, mas um reconhecimento dos banqueiros imperialistas sobre a eficácia da política econômica do ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Este “selo de aprovação” indica que as medidas implementadas favorecem os tubarões da especulação internacional em detrimento das necessidades da população.

“Haddad, que tem enfrentado desafios para equilibrar as contas públicas, foi elogiado pela Moody’s por seu compromisso com a responsabilidade fiscal e a estabilidade macroeconômica. Em sua gestão, o Brasil também tem avançado na agenda de transição energética, um dos fatores destacados pela agência como positivos para atrair investimentos no futuro. Se o Brasil continuar com as reformas econômicas e a disciplina fiscal, a expectativa é que o país recupere o grau de investimento em um futuro próximo. Para o governo Lula, essa possível conquista traria não apenas alívio econômico, mas também reforçaria a imagem de uma gestão que conseguiu reverter a crise herdada de administrações anteriores. Isso fortalece o cenário político para as próximas etapas de reformas e políticas públicas.”

Entretanto, mesmo sob o argumento de que essa classificação poderia trazer investimentos e estabilidade econômica, o que realmente se observa é um cenário de profunda contradição. No ano de 2023, enquanto o governo de Haddad suavizou um pouco a asfixia sobre a economia nacional, a China, com uma política desenvolvimentista oposta à destruição promovida pelos neoliberais, atraiu US$180 bilhões em investimentos diretos, em comparação aos apenas US$80 bilhões que o Brasil recebeu. Essa diferença monumental demonstra que a política econômica de Haddad não proporciona o que se imagina ser uma consequência positiva, apenas atende às necessidades dos piores inimigos do País.

É importante destacar que esses investimentos não significam que fábricas estão sendo erguidas ou obras desenvolvidas que realmente contribuam para o desenvolvimento nacional e a melhoria das condições de vida da população. Trata-se, na verdade, de operações financeiras que proporcionam lucros astronômicos através de juros elevados e do cassino da Bolsa de Valores. Essa dinâmica faz com que mais dinheiro seja extraído do Brasil do que realmente trazido para o seu desenvolvimento.

Diante disso, é compreensível que políticos da direita tucana celebrem os benefícios que a política econômica atual traz para os bancos. A lógica deles está alinhada com os interesses financeiros, o que torna sua postura coerente. No entanto, o que espanta é ver um ministro de um governo que se diz de esquerda sendo elogiado por implementar políticas que visam beneficiar os bancos e os investidores internacionais em vez do povo brasileiro.

Essa situação revela um descompasso alarmante entre a retórica da esquerda e as ações concretas que, na prática, parecem servir apenas aos interesses de uma elite financeira, enquanto a população continua a sofrer as consequências de uma política econômica que ignora suas necessidades.

A melhora na classificação de risco pela Moody’s não deve ser vista como uma conquista para a nação, mas sim como um aviso de que o verdadeiro objetivo é garantir o lucro dos parasitas que saqueiam o Brasil. A verdadeira avaliação positiva teria de ser pela defesa dos interesses do povo, com um programa de investimentos que devolva o dinamismo necessário à economia nacional para melhorar o padrão de vida dos trabalhadores brasileiros. A aprovação dos vampiros que vivem à sombra do Estado, extraindo recursos que deveriam ser destinados ao desenvolvimento e à dignidade da população, deveria ser antes, um motivo de vergonha.

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