O dia 1º de outubro é mais um marco da luta contra o imperialismo no Oriente Próximo e no mundo. O Estado de “Israel”, a mando dos norte-americanos, decidiu iniciar uma ofensiva genocida no Líbano no dia 17 de setembro com o ataque dos bipes explosivos. Depois vieram os bombardeios e depois os assassinatos. O imperialismo entrou num frenesi, sua maquina de propaganda começou a tentar engrandecer “Israel”. O Irã decidiu dar um basta a essa ofensiva. O Imã Khamenei decidiu lançar a tão esperada operação de retaliação. Assim se fez a Promessa Comprida 2.
Na noite de terça-feira (1º), cerca de 180 mísseis balísticos foram lançados do Irã diretamente para o Estado de “Israel”. Este talvez seja o maior ataque que os sionistas sofreram em sua história, certamente o maior ataque desde o início da guerra em 2023. O povo do Oriente Médio saiu às ruas para celebrar antes mesmo dos mísseis atingirem o solo sagrado da Palestina para expurgar os ocupadores. No Irã, no Iraque, na Jordânia, na Cisjordânia e até em Gaza, as luzes nos céus trouxeram mais alegria que quaisquer fogos de artifício.
No Estado de “Israel”, a população correu para abrigos para se refugiar. Os sionistas souberam pouco tempo antes que o ataque aconteceria. Ainda assim, muitos estavam nas ruas quando os mísseis caíram. Caso o Irã desejasse, poderia ter assassinado milhares de civis, mas essa não é a política do Eixo da Resistência. Segundo a Guarda Revolucionária do Irã, cerca de 90% dos mísseis atingiu “Israel”, isso configura um ataque de 160 misseis balísticos! É a maior humilhação do Estado sionista desde o 7 de outubro, talvez seja uma humilhação ainda maior. “Israel”, na prática, não tem nenhuma defesa.
Um ataque de toda a resistência
Antes de terminar de descrever o ataque iraniano, é preciso deixar claro que o dia 1º de outubro foi um dia de ataque total ao Estado sionista. A cidade de Telavive, a mais importante do “país”, foi atacada pelo Iêmen, pelo Hesbolá, pelos palestinos e pelo Irã no mesmo dia. A resistência iraquiana também realizou um intenso ataque contra o Estado de “Israel”. Todos os ataques, mesmo ofuscados pelo Irã, foram de primeira importância.
O primeiro deles foi o ataque iemenita usando o drone Jafa. O porta-voz das forças armadas iemenitas declarou: “a força de drones das Forças Armadas do Iémen alvejou um alvo militar do inimigo israelense na área ocupada de Jafa [Telavive] com um drone “Jaffa”, e também atingiu alvos militares na área de Umm al-Rashrash ‘Eilat’ usando quatro drones Samad-4”.
O Hesbolá, por sua vez, realizou um ataque importantíssimo ao quartel-general do Mossad nas proximidades de Telavive. Pela primeira vez, o partido libanês atacou “Israel” com foguetes Fadi-4. Além disso, atacaram o quartel Doviv com foguetes Falaq. Foi o maior ataque do Hesbolá a “Israel” desde o início da guerra, ou seja, só isto já seria um enorme acontecimento.
O ataque dos palestinos foi o mais simples, mas, ao mesmo tempo, o mais impactante. Os fatos ainda não estão claros, mas, pelas informações iniciais um combatente palestino conseguiu tomar um fuzil de um soldado sionista e atacar colonos em uma estação de trem na região de Telavive. Ao menos 8 foram mortos, foi um dos maiores ataques de palestinos desde o 7 de outubro de 2023.
Ao fim do dia, o porta-voz das Brigadas al-Qassam do Hamas, Abu Obaida, se pronunciou: “este é um dia excepcional na história do conflito, em que os fogos dos resistentes da nação se cruzaram no céu da Palestina, e onde (Telavive) foi alvo de ataques dos combatentes do Iêmen, Líbano, Palestina e Irã. Esta é uma convocação para todos os livres da nação para que participem da libertação da Palestina”.
O Irã cumpre sua promessa
A operação iraniana foi batizada como Promessa Cumprida 2, sendo uma continuidade de operação realizada no dia 14 de abril de 2024 como resposta ao bombardeio do consulado iraniano em Damasco. Naquele momento, o Irã provou que poderia atingir qualquer local de “Israel”. O ataque de 1 de outubro seguiu os passos de ataque de abril, foi uma resposta ao assassinato de Ismail Hanié, de Hassan Nasseralá e de tantas outras lideranças da resistência pelo Estado de “Israel”.
Abdolrahim Mousavi, Comandante-em-Chefe do exército iraniano, afirmou: “aguentamos a amargura da contenção por um tempo, mas vimos que essa não é uma opção adequada. Se os sionistas cometerem erros adicionais, responderemos de forma mais severa e, nesse caso, poderemos decidir destruir sua infraestrutura. Os Estados Unidos devem compreender uma mensagem importante antes do regime sionista: se a entidade israelense continuar com suas maldades, será completamente destruída”. Ele afirmou isso após o ataque ter sido realizado com sucesso.
O Irã publicou o momento em que a Guarda Revolucionária decidiu lançar a operação. O chefe do Estado-Maior das Forças Armadas, major general Mohammed Bagheri, afirmou: “se o regime sionista não for contido e agir contra o Irã, iremos atacar toda a sua infraestrutura. Desde o assassinato do mártir Hanié, aguentamos um difícil período de contenção a pedido repetido dos norte-americanos e europeus, que nos pediam para exercer contenção para que pudessem estabelecer um cessar-fogo em Gaza. No entanto, após o martírio de Saied Hassan Nasseralá e do General Nilforoushan, a situação se tornou insuportável”.
O ministro das Relações Exteriores iraniano, Abbas Araghchi, também se pronunciou: “nós realizamos os ataques com mísseis após exercer uma tremenda contenção por quase dois meses, para dar espaço a um cessar-fogo em Gaza”. Ele afirmou que a resposta iraniana está concluída, a menos que o regime “decida convidar mais retaliações.” E concluiu: “nesse cenário, nossa resposta será mais forte e poderosa. Os facilitadores de ‘Israel’ agora têm uma responsabilidade maior de conter os belicistas em Telavive, em vez de se envolverem em sua loucura”.
Pelos comentários como um todo fica claro que o Irã tentou todos os métodos possíveis para não lançar um ataque desde tamanho contra “Israel”. O imperialismo, no entanto, entrou na política de tudo ou nada, ou seja, empurra a República Islâmica do Irã a atuar de forma militar. “Israel” se mostrou totalmente vulnerável aos mísseis iranianos. O primeiro ataque, em abril, foi apenas um sinal, este claramente já causou um dano enorme nas estruturas militares. Um terceiro ataque criará um caos total em “Israel”. A questão agora é como o imperialismo lidará com isso.
O Irã mais uma vez se coloca na linha de frente das nações do mundo na luta contra o imperialismo. Ataca diretamente a principal fortaleza imperialista do mundo, o Estado de “Israel”. Os sionistas podem tentar manter a aparência de frieza, mas, neste momento, adentram um desespero profundo. Dia 1º de outubro foi o pior dia na história de “Israel” desde o 7 de outubro, foi uma derrota gigantesca. Suas implicações ainda não incalculáveis.