O presidente iraniano Masoud Pezeshkian afirmou que os Estados Unidos autorizaram o assassinato de Sayyed Hassan Nasseralá por “Israel” e que, portanto, têm responsabilidade parcial pelo “crime de guerra”.
Já Nikolas Kosmatopoulos, professor assistente de política pública e relações internacionais na Universidade Americana de Beirute, em entrevista à Sputnik, foi além e disse que é um muito provável que houve uma participação direta dos norte-americanos no caso.
“Certamente, há bons motivos para acreditar que houve aprovação diplomática… militar, muito provavelmente, e cooperação em inteligência”, disse ele.
“Não é segredo que Israel desfruta de apoio bipartidário no Senado e no Congresso dos EUA. É também um importante aliado dos EUA e realiza seu trabalho sujo na região. Isso ajuda os EUA a manter sua hegemonia econômica, diplomática e política […] mantém a região em tumulto… Não permite a unificação da região, não permite que a região coopere entre si… se torne uma potência regional que possa ameaçar os interesses dos EUA e da UE”, ele destacou.
Kosmatopoulos apontou que os complexos militares-industriais dos EUA e de Israel “estão quase organicamente entrelaçados, sendo uma extensão um do outro”. “Esses interesses muito fortes explicam o apoio que Israel recebe dos EUA em todos os aspectos – diplomático, econômico, militar” observou.
Tanto o presidente dos EUA, Joe Biden, quanto a vice-presidente, Kamala Harris, descreveram o ataque israelense que matou o secretário-geral do Hesbolá como uma “medida de justiça”. Harris acrescentou que “Nasseralá era um terrorista com sangue americano nas mãos.”