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Oriente Médio

Imperialismo se prepara para grande guerra com Eixo da Resistência

Ataques ao Líbano estão sendo financiados pelos países imperialistas como parte de um plano mais amplo

O recente ataque de “Israel” ao Líbano, resultando na morte de quase 300 pessoas, marca uma nova fase de escalada no Oriente Médio. A ofensiva israelense teve como pretexto atingir posições atribuídas ao partido libanês Hesbolá, que, segundo o primeiro-ministro israelense Benjamin Netaniahu, estaria utilizando a população libanesa como “escudos humanos”. Esse tipo de argumento, amplamente usado por “Israel” em seus ataques contra a Palestina e outros grupos de resistência, é uma tentativa de justificar o bombardeio indiscriminado de civis.

Apesar de toda a propaganda sionista, os ataques de “Israel” vão muito além de uma suposta resposta a ações do Hesbolá. É uma política que busca, na verdade, ampliar a guerra na região e, ao mesmo tempo, consolidar o apoio interno e externo ao regime de Netaniahu, que enfrenta uma crise política aguda. Ao provocar um confronto mais amplo com o Hesbolá, o governo sionista espera criar uma situação de caos que possa desviar a atenção das contradições internas do país, tanto no campo político quanto social.

Netaniahu, em suas ações recentes, parece querer repetir a estratégia utilizada em Gaza. Os bombardeios massivos, que não fazem distinção entre alvos civis e militares, buscam semear o terror na população libanesa, na esperança de que esta se volte contra o Hesbolá, enfraquecendo o grupo de resistência.

Entretanto, até o momento, essa tática não tem mostrado resultados significativos. A população libanesa continua apoiando o Hesbolá, vendo no grupo um escudo contra as agressões imperialistas de “Israel” e seus aliados.

O pano de fundo dessa escalada está no crescente apoio militar que os Estados Unidos oferecem ao enclave imperialista. Recentemente, Washington liberou uma linha de crédito de US$120 bilhões para a compra de armas pelo regime sionista.

Esse volume impressionante de recursos revela que a guerra atual não é um simples confronto regional entre “Israel” e o Hesbolá. Estamos diante de um conflito que envolve diretamente os interesses dos grandes países imperialistas, que utilizam a ocupação sionista como um braço armado para manter sua dominação no Oriente Médio.

A guerra, portanto, não se restringe ao território libanês ou ao Estado de “Israel”. Ela faz parte de um plano mais amplo que inclui a destruição de todo o chamado “Eixo da Resistência”, que abrange o Hesbolá, o Irã, a Síria e, em certa medida, até mesmo a Rússia e a China, que têm demonstrado apoio, ainda que tímido, a esses países. O objetivo final do imperialismo é eliminar qualquer força que se oponha aos seus interesses na região, instaurando governos fantoches que garantam o controle sobre os recursos naturais e as rotas estratégicas do Oriente Médio.

Esse processo de ampliação do teatro de operações já está em andamento. A intervenção imperialista na Ucrânia é parte desse mesmo esforço. Tanto no Líbano quanto na Ucrânia, vemos a mão pesada das grandes potências.

Além do apoio financeiro e militar direto, como o fornecido pelos Estados Unidos a “Israel”, há também uma crescente presença de tropas estrangeiras nas regiões de conflito. Relatos indicam que soldados norte-americanos, britânicos, franceses e de outras nacionalidades estão diretamente envolvidos nos combates, seja no apoio logístico ou mesmo nas operações em campo.

As movimentações militares também mostram a escalada do conflito. Tanto os Estados Unidos quanto o Reino Unido deslocaram suas frotas navais para o Mediterrâneo, numa clara demonstração de força. Além disso, serviços de inteligência de países como França, Alemanha e outros membros da OTAN têm atuado nos bastidores, coordenando ações militares e fornecendo informações estratégicas a “Israel” e seus aliados.

Na Ucrânia, a resistência russa tem obtido alguns êxitos importantes, como no recente ataque que eliminou toda a cúpula militar sueca em solo ucraniano. Esse tipo de ação mostra que, embora o imperialismo tenha uma força militar esmagadora, ele enfrenta dificuldades em lidar com a resistência organizada de povos que se recusam a aceitar a dominação estrangeira. O que estamos vendo, tanto no Oriente Médio quanto na Europa, é uma guerra dos países imperialistas contra os povos oprimidos, que resistem com os poucos recursos de que dispõem.

Entretanto, o cenário ainda não está completamente desenhado. A guerra está longe de um desfecho, e a tendência é que ela se intensifique. A política dos Estados Unidos e de “Israel” é a de “ganhar ou ganhar”. Isso significa que o imperialismo está disposto a escalar o conflito até as últimas consequências, mesmo que isso leve a uma guerra de proporções globais. Essa postura suicida mostra o desespero das potências imperialistas, que, incapazes de impor sua vontade pela via diplomática, recorrem à violência desenfreada como única solução.

No entanto, essa estratégia pode sair pela culatra. O risco de perder tudo em um confronto global é real, e o imperialismo está jogando um jogo arriscado. Após anos de crises econômicas, políticas e sociais, os países imperialistas estão em uma posição frágil.

A situação em Gaza, por exemplo, expôs as limitações da política de força bruta. Apesar dos bombardeios incessantes e do cerco militar, “Israel” não conseguiu derrotar o Hamas, que continua a resistir firmemente. O mesmo tende a ocorrer no Líbano, onde o Hesbolá já demonstrou ser uma força militar e política extremamente resiliente.

Além disso, a resistência não se limita a ações militares. O Hesbolá, o Hamas, o Irã e outros grupos do Eixo da Resistência têm apostado na mobilização popular e no desgaste político do imperialismo. Na Rússia, a China e o Irã, embora enfrentem suas próprias crises internas, têm resistido às investidas imperialistas, ainda que de forma insuficiente. Em vez de confrontar diretamente as agressões, essas potências têm apostado em estratégias mais brandas, como a propaganda política, o chamado soft power.

Essa resposta, contudo, tem se mostrado limitada diante da rapidez com que os eventos se desenrolam. Na China, por exemplo, esforços recentes para expandir sua influência política e cultural são louváveis, mas tardios.

O imperialismo está agindo com extrema velocidade, e a reação das potências que se opõem a ele tem sido muito lenta. O tempo está contra elas, e o avanço do imperialismo, seja no Oriente Médio, na Europa ou em outros cantos do mundo, parece cada vez mais inevitável.

No Brasil, o cenário é igualmente preocupante. O governo de Lula, que inicialmente se apresentava como uma força progressista, foi rapidamente cooptado pela política imperialista. A postura do Brasil nas Nações Unidas, alinhando-se aos interesses das grandes potências, é uma capitulação vergonhosa.

Enquanto o presidente fala sobre questões como a ecologia, o mundo está à beira de uma guerra global. O Brasil, ao invés de se colocar como uma força de resistência ao imperialismo, está se tornando mais uma peça no tabuleiro das grandes potências.

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