Scott Fitzgerald (1896-1940) foi um dos mais importantes escritores norte-americanos do século XX, associado principalmente à “Era do Jazz” e à literatura modernista. Nascido em St. Paul, Minnesota, Fitzgerald foi criado em uma família de classe média e demonstrou talento para a escrita desde cedo. Estudou na Universidade de Princeton, mas não se formou, deixando os estudos para se alistar no exército durante a Primeira Guerra Mundial. Embora a guerra tenha terminado antes que ele fosse enviado ao combate, essa experiência influenciou sua escrita e sua visão de mundo.
Em 1920, Fitzgerald publicou seu primeiro romance, This Side of Paradise (Este Lado do Paraíso), que rapidamente o catapultou à fama. O sucesso do livro também possibilitou seu casamento com Zelda Sayre, uma jovem do sul dos EUA, com quem teve um relacionamento tumultuado. O casal se tornou um ícone da vida boêmia e extravagante da década de 1920, vivendo entre os EUA e a Europa, especialmente na França, onde Fitzgerald se aproximou de outros escritores expatriados como Ernest Hemingway.
O auge da carreira de Fitzgerald veio com a publicação de The Great Gatsby (O Grande Gatsby) em 1925, considerado hoje sua obra-prima, considerado um dos maiores romances da literatura norte-americana. O livro retrata o “sonho americano” e seus excessos, simbolizados pela vida glamorosa e trágica de Jay Gatsby, refletindo a própria desilusão de Fitzgerald com a superficialidade da sociedade da época. No entanto, o romance não foi um sucesso imediato, e Fitzgerald passou a enfrentar dificuldades financeiras.
Nos anos seguintes, Fitzgerald lutou contra o alcoolismo e enfrentou crises pessoais, incluindo a deterioração da saúde mental de Zelda, que passou longos períodos em clínicas psiquiátricas. Fitzgerald trabalhou como roteirista em Hollywood na década de 1930, tentando equilibrar a escrita com suas crescentes dificuldades pessoais. Ele morreu em 1940, aos 44 anos, de um ataque cardíaco, sem testemunhar o grande reconhecimento que The Great Gatsby e seus outros trabalhos viriam a receber após sua morte.
Outras obras de destaque de Fitzgerald foram The Beautiful and Damned (1922), que retrata a vida de um jovem e rico casal de Nova York, explorando temas de decadência e futilidade da classe alta na Era do Jazz. E também The Last Tycoon (1941, inacabado), publicado postumamente, esse romance incompleto retrata a vida de um magnata de Hollywood, uma clara crítica à indústria cinematográfica.
Hoje, F. Scott Fitzgerald é lembrado como um dos maiores cronistas de sua geração, capturando de forma brilhante os contrastes entre o sonho e a realidade no período pós-Primeira Guerra Mundial.