A Ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara, reuniu-se na noite desta quarta-feira (18) com o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, para reiterar a importância de se concluir o processo demarcatório da Terra Indígena (TI) Nhanderu Marangatu, localizada no município de Antônio João, em Mato Grosso do Sul (MS). O território foi o centro de um crime bárbaro: um jovem Guarani Caiouá, de 22 anos, foi assassinado com um tiro na cabeça disparado por um policial militar. Fontes do próprio povo caiouá afirmam que o jovem não possuía arma de fogo, contrariando o relatório da polícia.
Há uma cobrança por uma solução em relação aos indígenas no Mato Grosso do Sul, que vem de diversos setores. A deputada Célia Xakriabá (PSOL-MG), que já havia protestado contra o que considera a omissão das autoridades competentes, também participou da reunião com o ministro. A deputada fez um post em suas redes sociais: “a violência só aumentou com a manutenção da Lei 14.701, a Lei do Genocídio! A demarcação de terras é urgente! Precisamos suspender as leis que perpetuam o genocídio dos nossos povos. Demarcação já!”
No entanto, a luta parlamentar não terá resultado nenhum, afinal os latifundiários são majoritários no Congresso Nacional. O STF, por sua vez, é inimigo declarado dos índios, nos últimos anos inclusive ele quase foi invadido pelas suas manifestações em Brasília.
O problema dos povos indígenas do Brasil é um: o latifúndio. O PCO é a favor da demarcação de todas as terras dos índios e do apoio do Estado para a construção de infraestrutura, garantia de maquinário e políticas públicas essenciais, para que os indígenas possam viver com qualidade de vida, como qualquer brasileiro. Os índios devem também ter o direito de se organizar em armas para se protegerem dos latifundiários.