Assim como o assassinato de Ismail Hanié, líder do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas, na sigla em árabe) morto pelo Estado terrorista de “Israel”, a detonação de bipes e aparelhos de walkie-talkies foi apresentada pelos sionistas mais radicais como um grande feito do governo de Benjamin Netaniahu. Segundo os mais fervorosos apoiadores dos crimes de “Israel”, em ambos os casos, os sionistas teriam comprovado que são capazes de matar qualquer pessoa, em qualquer lugar, a qualquer momento. E, portanto, teriam demonstrado sua imensa superioridade militar, uma vez que ataques dessa natureza deixariam o inimigo paralisado de medo.
Nada poderia ser mais falso. Os assassinatos são um sinal de fraqueza, e não de força. São um sinal de que a capacidade militar do sionismo está tão esgotada que “Israel” não é mais capaz de vencer no campo de batalha. E, por isso, lhe restam somente ações que só servem para a propaganda.
Os combatentes do Eixo da Resistência conhecem profundamente o Estado de “Israel”. Sabem bem do que o sionismo é capaz. Neste sentido, não irão se amedrontar com a detonação de aparelhos eletrônicos, por mais criminoso que os ataques no Líbano tenham sido. O comandante máximo do Hesbolá, Nasseralá, foi claro em seu discurso: “Israel” pode continuar realizando os seus ataques terroristas, mas uma hora terá de agir por terra. Neste momento, sairá derrotado de maneira humilhante.
Esse, no entanto, não é o único problema para “Israel”. Especialistas consideram que os ataques recentes no Líbano irão causar uma crise enorme entre as empresas de tecnologia. Afinal, qualquer equipamento eletrônico agora está sob suspeita. A tendência, inclusive, é que isso acabe causando uma migração de consumidores para o mercado de tecnologia chinês, que estaria sob menor influência do sionismo.
Os ataques de “Israel” no Líbano são a típica atitude de quem está desesperado. Seu exército está seriamente debilitado, sua economia foi devastada pelos ataques do Hesbolá do Ansar Alá e por 12 meses de uma economia de guerra e o fato de que sua sociedade está se desintegrando. Ao mesmo tempo, a crise no governo norte-americano é cada vez maior – ao ponto de o atual presidente, Joe Biden, desistir de sua reeleição.
É importante destacar, no entanto, que as ações do sionismo estão completamente encobertas pelo imperialismo. Os próprios Estados Unidos vieram a público dizer que os ataques recentes não abalaram em nada a relação entre eles e “Israel”. Isso, por sua vez, deve ser entendido como um recado para todo o mundo: não é apenas “Israel” que agirá com cada vez mais violência. O imperialismo, na medida em que está em uma crise profunda, irá agir com cada vez mais agressividade contra os povos do mundo.