A Saque de Balbriggan é um episódio marcante da Guerra da Independência da Irlanda, é um dos eventos que demonstra a brutalidade da repressão do imperialismo inglês. Ele se assemelha muito com o que os britânicos fariam depois na Palestina.
No dia 20 de setembro de 1920, a crise política era enorme na Irlanda. Os nacionalistas travavam a luta armada por meio do Exército Republicano Irlandês (IRA). Nos dias que antecederam o saque, uma emboscada do IRA contra forças britânicas perto de Balbriggan resultou na morte de um policial colonial. Em retaliação, o governo britânico decidiu reprimir com violência.
Naquela noite, forças britânicas, incluindo a Divisão Auxiliar da Real Polícia Irlandesa (RIC), invadiram Balbriggan. Eles abriram fogo contra a população e começaram a incendiar edifícios. Mais de 50 casas e negócios foram queimadas.
Durante o ataque, dois irlandeses foram assassinados—um deles era um comerciante, e o outro, um jovem que havia acabado de voltar da Primeira Guerra Mundial. A brutalidade do ataque deixou a cidade devastada, com grande parte de sua infraestrutura destruída, centenas ficaram sem moradia.
A repressão violenta em Balbriggan, no entanto, se tornou uma derrota política para os britânicos. O IRA estava forte e isso aumentou a sua adesão. E evento foi condenado tanto na Irlanda quanto internacionalmente. A revolução irlandesa conquistou a independência para a maior parte do país. Os britânicos, no entanto, conseguiram manter o controle do norte da Irlanda, que é ocupado até os dias de hoje.