O Paraná enfrenta uma situação crítica de dengue, com 94,2% das cidades, ou seja, 376 municípios, registrando a presença do mosquito Aedes aegypti em domicílios. Entre 1º de julho e 31 de agosto, nove municípios foram classificados como “em situação de risco de epidemia”, 88 em “alerta” e 237 em “situação satisfatória”. O informe entomológico da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) fornece informações sobre a interação do mosquito com o ambiente, permitindo a formulação de medidas de controle mais eficazes.
Floraí, no noroeste do estado, apresentou o maior índice de infestação, com 5,6%. Os principais criadouros do mosquito incluem vasos com água, recipientes de gelo, bebedouros e materiais de construção, representando 36,2% dos casos. O monitoramento do índice de infestação predial é realizado a cada dois meses e classifica os municípios conforme o risco de epidemia. Desde o início do novo período epidemiológico em 28 de julho, o Paraná registrou 12.368 notificações e 1.651 casos confirmados, sem mortes relacionadas à doença até o momento.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou, nesta quarta-feira (18), um plano de ação de R$ 1,5 bilhão para combater a dengue e outras arboviroses, como chikungunya e zika, visando o próximo período de chuvas e calor no Brasil. Durante o lançamento, Lula enfatizou a necessidade de antecipar a campanha, destacando que a responsabilidade de evitar a proliferação do mosquito Aedes aegypti é compartilhada entre o governo e a população. Ele ressaltou que os mosquitos estão presentes em todas as classes sociais e que é essencial que cada cidadão participe ativamente na eliminação de possíveis criadouros em suas residências.
A ministra da Saúde, Nísia Trindade, detalhou que os recursos serão aplicados em diversas ações, incluindo vacinas, testes rápidos e medidas de controle. O plano se baseia em evidências científicas e envolve a colaboração entre diferentes níveis de governo e a sociedade. A vacinação contra a dengue será progressiva, com foco em crianças de 11 a 14 anos, e foram adquiridas milhões de doses para distribuição. Nísia também destacou a importância de medidas preventivas e a organização da rede assistencial para responder a possíveis picos de casos, reafirmando o compromisso do governo em reduzir os impactos das arboviroses no Brasil.
O plano de Lula é positivo. Mas é necessário um investimento geral na saúde pública. Isso só será possível por meio do não pagamento da dívida pública, que saqueia metade do orçamento do Brasil. O segundo passo é a estatização da saúde para que os interesses dos empresários não passem por cima das necessidades básicas da população.