O ministro da Defesa, Múcio, apresentou uma proposta apresentada para destravar a aquisição de obuseiros 155mm da israelense Elbit Systems. Ele quer inicialmente comprar dois equipamentos como teste, depois adquirir 34. A produção dos obuseiros seria no território brasileiro. A comprar desses equipamentos diretamente de “Israel” já foi vetada pelo governo Lula.
Para o ministro, o veto da compra por alguns membros do governo, como Celso Amorim, assessor especial da Presidência da República, está relacionado a ideologias políticas e não a critérios técnicos. “Com todo respeito, as pessoas que estão contra são por motivos políticos, ideológicos. Eu estou defendendo o Exército e que a gente tenha oportunidade de dotar o Exército Brasileiro de equipamentos mais modernos“, afirmou Múcio em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo. Múcio, no entanto, não explicou porque não fez nada sobre a venda da Avibrás e a privatização da Fábrica Almirante Jurandyr da Costa Müller de Campos.
Ele afirmou: “a gente está brigando com uma coisa simples, coisa boba. Não estamos fazendo uma compra gigantesca de Israel. Precisava provar que foi o dinheiro dos obuseiros que financiou aquela guerra. Dois obuseiros não movimentam absolutamente nada“. O representante dos generais no governo Lula ignora que “Israel” não só comete um genocídio como declarou o presidente persona non grata. Mas para os generais sionistas “Israel” está acima do presidente Lula.
Apesar da aprovação de Múcio e do exército brasileiro, o presidente Lula recuou e adiou a assinatura do contrato. A aprovação de Mucio para esse tipo de compra é vergonhoso diante de um dos maiores genocídios da humanidade praticado por um estado genocida como é o de “Israel”, que há décadas vem massacrando o povo palestino e desestabilizando o Oriente Médio.
Como um governo de esquerda e simpático às causas dos povos oprimidos, Lula agiu de forma correta em não assinar o vergonhoso contrato. Deveria pôr fim a essa proposta, mas o governo do PT vem sendo encurralado pela direita e pelo imperialismo, mostrando que anda muito fraco em termos de assumir verdadeiramente uma política correta em prol dos povos oprimidos, apoiando os governos nacionalistas na América Latina, independente de suas ações locais.
Nada de comprar armamentos no governo de “Israel”! É preciso apoiar a luta dos palestinos por sua independência nacional e o fim do Estado de “Israel”. Por um Estado independente da Palestina, laico, onde todos tenham os mesmos direitos!