Na última sexta-feira (13) em Roraima, houve a formatura de novos 84 agentes da Força Nacional de Segurança Pública em uma formação voltada supostamente para o combate do garimpo ilegal na Terra Ianomami. Observa-se, como em muitas outras ocasiões, que a única política do governo para resolver os inúmeros conflitos e problemas que circundam os índios no Brasil é o aumento da força de repressão estatal, no caso para a agir contra os garimpeiros que exploram ilegalmente as terras em conflito contra os índios da região.
Primeiramente, nota-se que no lugar de uma segurança feita por uma força externa que pode ser corruptível e que não possui interesse direto na real proteção destes índios em si, estes que vivem em perigo constante de conflito com garimpeiros armados a qualquer momento, os próprios ianomami deveriam ser capazes de se defender, de forma que não dependessem de nenhum apoio externo. Com o treinamento e lhes estando à disposição o número necessário de armas de fogo, qualquer povo indígena conseguiria fazer uma autoproteção muito superior, mais eficiente e mais comprometida que qualquer força externa. Além disso, seriam protegidos da própria polícia, que em muitos casos é o real problema do índio.
Para além disso, é notório que a situação do povo ianomami, assim como de muitíssimos outros povos indígenas no Brasil, é miserável. Muitas vezes passando fome, e de subutilização das terras que lhes são pertencentes, inclusive com pouco domínio sobre elas, facilitando a entrada do garimpo ilegal.
Uma política realmente efetiva do governo brasileiro seria abandonar a política de que os índios devem e querem ser mantidos na “idade da pedra” em situações análogas ao Brasil pré-colonial e, para além de consultar os indígenas para se informar das necessidades que não estão lhe sendo supridas e começar um intenso trabalho de obras para tirar-lhes desta situação de indignidade e miserabilidade em que vivem, dando-lhes uma estrutura realmente condizente com o que a sociedade moderna pode oferecer, também lhes oferecer os meios necessários, juntamente com a retirado de todos os empecilhos burocráticos, para eles de forma autônoma e sem qualquer interferência de ONGs estrangeiras.
É preciso garantir os meios para a exploração de suas terras em todo o seu potencial produtivo, o que caso ocorresse garantiria o autossustento.
E para além dos índios, vemos que o garimpo ilegal é, diferente do que a grande imprensa costuma querer retratar, majoritariamente realizado pessoas pobres, que não conseguem outros meios de sustento para além do garimpo, ficando também claro que caso o governo proporcionasse alternativas de emprego resolveria o problema.