Francisco de Quevedo y Villegas (1580–1645) foi um dos maiores poetas e escritores da literatura espanhola do Século de Ouro, conhecido por seu estilo mordaz e sua visão pessimista da vida. Nascido em Madri, ele foi criado em uma família nobre e educado em filosofia, teologia e línguas clássicas, formando-se na Universidade de Alcalá de Henares. Quevedo é amplamente reconhecido por sua habilidade com a sátira e seu domínio do conceptismo, um estilo literário marcado pelo uso de trocadilhos, jogos de palavras e ideias complexas.
Quevedo escreveu poesia, ensaios e novelas, abordando uma ampla gama de temas que iam do amor à política, da religião à filosofia. Sua obra poética inclui sonetos, sátiras, poemas morais e religiosos. Seu tom geralmente era crítico e pessimista, refletindo sua visão desencantada do mundo. Algumas de suas obras mais conhecidas incluem “Los Sueños” (1605-1622), uma série de sátiras mordazes sobre a sociedade e a corrupção, e seus sonetos líricos, que exploram temas como a fugacidade da vida e a morte inevitável.
Politicamente, Quevedo foi uma figura ativa e controversa, envolvido nas intrigas da corte espanhola. Durante sua vida, manteve uma relação tensa com outros escritores e com o poder político, especialmente com o Conde-Duque de Olivares, o primeiro-ministro de Filipe IV, o que o levou a ser preso por vários anos.
Francisco de Quevedo é considerado um dos escritores mais influentes da literatura espanhola e um dos maiores mestres da língua espanhola, admirado por seu estilo refinado e sua capacidade de expressar as complexidades da vida humana com profundidade e ironia.