Na terça-feira (10), partidos da direita pediram ao Supremo Tribunal Federal, STF, autorização para o uso das polícias estaduais pelos latifundiários para atacar os índios. O ataque já está acontecendo no Paraná e no Mato Grosso do Sul e já há uso de forças federais, que de acordo com a direita não são o suficiente.
O pedido foi feito com a assinatura do PL de BOlsonaro, PP e Republicanos. Ele tem o apoio da FPA (Frente Parlamentar da Agropecuária) e do governador do Paraná, Ratinho Júnior (PSD). Eles afirmam que a criação de uma comissão especial para discutir o tema levou a “um processo de deterioração da ordem pública no campo, com situações fáticas que demandam a reiteração da vigência da Lei 14.701/2023“.
Eles pedem “que seja autorizado que as Secretarias de Segurança Pública dos Estados-membros, por intermédio da Polícia Militar e da Polícia Civil, possam garantir a ordem pública, atuando na prevenção e repressão dos crimes de esbulho possessório, tráfico de drogas, contrabando, descaminho e outros cometidos em áreas privadas que estão em disputa com comunidades indígenas, além de assegurar o cumprimento de ordens judiciais decorrentes de áreas de conflitos nos Estados do Paraná e de Mato Grosso do Sul, inclusive de reintegração de posse, colaborando com as forças federais“.
Ou seja, querem que a polícia seja usada legalmente pelos latifundiários para atacar os índios. Querem institucionalizar o que já acontece todos os dias, ou seja, tornar a situação ainda mais violenta.
O governador Ratinho Júnior disse que aguarda a decisão do STF para agir nos locais, mas que já está mobilizado. Ela afirma: “já determinei o reforço do policiamento na região com equipes especializadas do Batalhão de Polícia de Choque, Batalhão de Polícia Militar da Fronteira e patrulhamento aéreo. Também cobramos do governo federal respostas rápidas às invasões indígenas nas cidades que fazem fronteira com o Paraguai”.
Os latifundiários preparam um banho de sangue contra a população brasileira. Os índios são os primeiros alvos, mas a repressão continuará para toda a população do campo.