Inobstante o resultado das investigações sobre pretensos abusos, porque ainda mantemos uma representante do George Soros e da Open Society como ministra do governo Lula? O que falta para entender que haverá inexoravelmente um conflito de interesses através da interferência de Think Tanks imperialistas num governo popular? Quando iremos acordar para o fato de que a própria pauta identitária – direitista, divisionista e sectária – terá mais cedo ou mais tarde um efeito corrosivo no governo?
Muitos ainda não se deram conta que a ascensão da direita em todo o mundo está precisamente ligada ao rechaço dos trabalhadores comuns às pautas trazidas pelos identitários, desde as ideias de culpabilizar os brancos por tudo, as denúncias por abuso, o “letramento” racial, a briga por pronomes neutros, a queima de estátuas e até as trocas de palavras nos hinos. O povo não aceita isso, sejam os trabalhadores de esquerda ou de direita, mas uma parcela mais barulhenta pretende impor esse debate ao conjunto do proletariado.
Quando a direita voltar ao poder, pelo esgotamento do discurso que valoriza as identidades separando-nos em nichos estanques, talvez sejamos obrigados a suportar mais um período de trevas, com a volta ao mapa da fome, a inflação, o desemprego crescente, o isolamento internacional e o consequente desinvestimento na indústria, na educação e na saúde. Sabemos o quanto a direita aposta na transformação do Brasil numa enorme “plantation“, um engenho de cana de açúcar de dimensão continental, com os coronéis de Hilux, escravos da MEI e uma minúscula franja de classe média, a qual servirá como os capatazes da imensa Fazenda Brasil.
Se a esquerda não expurgar estas ONGs imperialistas isso é o que fatalmente irá ocorrer, e se nossa luta não for pelo fim da sociedade de classes, contra o capitalismo e o imperialismo, então teremos perdido o trem da história, e só voltaremos aos trilhos quando encontrarmos coragem para limpar a esquerda dos cavalos de Troia colocados pelo imperialismo.