A Volkswagen está enfrentando uma grave crise devido à queda na demanda por carros na Europa, agravada pela transição para veículos elétricos e a concorrência asiática. Em uma reunião com 25 mil trabalhadores, o diretor da empresa, Arno Antlitz alertou que a empresa tem um a dois anos para reverter a situação e evitar o fechamento de fábricas na Alemanha, algo inédito na história da companhia.
“O mercado simplesmente não está lá”, disse Antlitz. “Não há mais cheques vindo da China”, acrescentou o CEO Oliver Blume, referindo-se à queda nos lucros no maior mercado da Volkswagen.
Os sindicatos, representados por Daniela Cavallo, reagiram com protestos, ameaçando greves e exigindo que a administração priorize a proteção de empregos.
“A administração quebrou um tabu de maneira significativa, e os trabalhadores estão preparados para estar lá quando os convocarmos”, disse Cavallo.
O possível fechamento de fábricas pela primeira vez em 87 anos de história de uma das maiores empresas do setor lançou novos alertas sobre a economia da Europa que vive uma crise cada vez maior, com uma fraca demanda de exportação e altos custos.