Nesta segunda-feira (02), o presidente Vladimir Putin foi recebido no aeroporto de Ulaanbaatar com uma guarda de honra completa e tapete vermelho. O governo da Mongólia ignorou a arbitrária ordem de prisão do Tribunal Penal Internacional (TPI) contra Putin.
Dmitri Medvedev, ex-presidente russo, antecessor de Putin, declarou que a Mongólia “acabou de dizer ao TPI e aos eurodegenerados para fazerem eles mesmos algo que os russos e os mongóis encontraram uma palavra para descrever juntos, no século XIII”, acrescentando que o TPI é um “’tribunal’ malfeito” e que deveria ter medo de “um cenário em que algum louco tentasse executar seu mandado de prisão ilegal. […] Nesse caso, suas vidas não valeriam mais do que o pedaço de papel em que esse estatuto de merda está escrito”.
Durante sua visita, Putin convidou Ukhnaagiin Khurelsukh, presidente da Mongólia, a estar presente na cúpula do BRICS, que acontecerá na cidade de Kazan, no mês de outubro: “este será o primeiro evento deste nível após a expansão desta organização. Espero que vocês participem do formato BRICS+. Estamos esperando por vocês”, disse o mandatário russo.
Putin declarou também que “as relações entre a Rússia e a Mongólia estão se desenvolvendo em todas as direções”, observando que a “cooperação técnico-militar e antiterrorista” entre ambos os países “contribui para garantir a segurança na Ásia”.
No que diz respeito à cooperação no setor energético, ambos os chefes de estados veem “boas perspectivas de cooperação no setor de gás” declarou Putin, acrescentando que os países “estão abertos a implementar projetos conjuntos de energia nuclear pacífica com base nas mais modernas tecnologias russas, incluindo o uso de reatores de módulo pequeno”.
Mostrando o enfraquecimento do imperialismo nessa região, Putin ainda informou que “os pagamentos comerciais entre os dois países são feitos quase totalmente em moedas alternativas ao dólar e ao euro”.
Em demonstração de impotência e desespero, o imperialismo, através do regime fantoche de Vladimir Zelenski (Ucrânia), ameaçou a Mongólia por não ter prendido Putin: “o fracasso do governo mongol em cumprir o mandado de prisão vinculativo do TPI para Putin é um duro golpe para o Tribunal Penal Internacional e para o sistema de justiça criminal internacional“, declarou Georgy Tykhy, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Ucrânia, ignorando o fato de que o TPI nada faz contra Benjamin Netaniahu e outros líderes sionistas, pelo genocídio contra os palestinos.