África

Imperialismo contra-ataca no Níger, no Máli e em Burquina Fasso

Países africanos estão cada vez mais livres do imperialismo, o contra ataque acontece por meio de milícias separatistas muito violentas como o Boko Haram

O Sael africanos se transformou nos últimos anos na linha de frente de luta contra o imperialismo no continente. Os três países que lideram essa luta são Níger, Máli e Burquina Fasso, que inclusive formalizaram uma Aliança dos Estados do Sael. O imperialismo contra ataca por meio de organizações armadas, do tipo do Estado Islâmico, para desestabilizar esses governos. Na prática então esses países travam uma guerra de libertação nacional.

O governo do Máli denunciou que as armas fornecidas à Ucrânia pela OTAN estão, em última análise, alimentando as milícias pró-imperialistas na região do Sael. A denuncia foi feita pelo embaixador do Máli nas Nações Unidas, Oumar Daou, na sexta-feira (30).

Em suas palavras: “o governo do Mali gostaria de expressar sua preocupação em relação ao fornecimento de armas à Ucrânia, porque está claramente estabelecido que boa parte dessas armas… acaba alimentando o terrorismo e o crime no Sael”.

O embaixador malinês também afirmou que as entregas de armas representam o risco de desestabilizar ainda mais os países na África e agravar o sofrimento do povo malinês, que já foi “duramente testado por vários anos de conflito com consequências dramáticas“.

Fica claro que o imperialismo utiliza a Ucrânia como base internacional para desestabilizar outros países e avançar a política do imperialismo. Isso é interessante pois ao mesmo tempo a Rússia também está presente nessa região ajudando essas nações a libertarem esse território tomado pelas milícias ligadas aos EUA.

Um país que ganhou destaque recentemente foi o Senegal, onde o primeiro-ministro nacionalista foi vitorioso nas últimas eleições. Ele está estreitando as relações com a Rússia. O ministro das Relações Exteriores russo se pronunciou sobre o caso: “a Rússia está pronta para ajudar o Senegal e outros países africanos a fortalecer suas capacidades de defesa e melhorar a prontidão antiterrorista das forças armadas e dos serviços especiais”.

Ja o ministro das Relações Exteriores senegales afirmou que: “no que diz respeito à nossa cooperação com a Kamaz, a Rússia está contribuindo totalmente para essa cooperação. Muitas empresas russas cooperarão com empreendedores senegaleses, o que abrirá oportunidades para o Senegal”. O país ainda não tem amplas relações com a Aliança dos Estados do Sael, mas isso é uma tendência cada vez maior.

A libertação da África

Enquanto luta para dominar o território do país também há uma política de estatização dos recursos e de industrialização. No Burquina Fasso a produtora de ouro Endeavour Mining, com sede no Reino Unido, e a Lilium Mining, subsidiária da Lilium Capital, criada pelo bilionário norte-americano burquinense Simon Tiemtore, resolveram sua disputa legal sobre a venda de duas minas de ouro. Elas agora serão estatizadas.

O conflito começou quando a Lilium adquiriu as minas em junho do ano passado. A Endeavour alegou que a Lilium deixou de fazer pagamentos que ultrapassavam US$ 100 milhões, enquanto a Lilium acusou a Endeavour de deturpar a situação financeira e operacional das minas.

Como parte do acordo, Burkina Faso pagará à Endeavor US$ 60 milhões e um royalty de 3% sobre até 400.000 onças de ouro produzidas na mina de Washington. Ambas as empresas encerrarão os processos legais em andamento em Londres. Nesse sentido as nações do sael avançam para tomar controle dos recursos que antes eram completamente dominados pelo imperialismo.

Outro avanço importante é a reestabelecimento de relações militares entre o Níger e a Nigéria. Após os militares nacionalistas tomarem o poder no Níger, o imperialismo tentou usar o exército da Nigéria para invadir o país. No entanto, esse plano falhou completamente. Agora o país se ve obrigado a voltar a ter relações com o Níger. As nações vizinhas assinaram um acordo militar.

Um dos pontos principais do acordo é o reconhecimento dos riscos graves associados ao tráfico de armas. Tanto Níger quanto Nigéria se comprometeram a unir seus esforços para combater esse problema, garantindo segurança ao longo de toda a sua fronteira de 1.500 km. O acordo também reafirma o compromisso da Nigéria em manter boas relações de vizinhança. Em troca, o Níger expressou sua disposição em retomar a participação em operações conjuntas voltadas para a resolução de questões de segurança ao longo da fronteira.

Além disso, os dois países concordaram em estabelecer um comitê de diálogo para discutir e enfrentar problemas e desafios comuns, com foco especial na ameaça contínua representada pelo grupo armado Boko Haram na região. A verdade é que a política imperialista de desestabilização do Sael com grupos desse estilo acaba levando também a desestabilização da Nigéria.

A guerra de libertação nacional, no entanto, ainda é muito violenta. Em um cidade na região Centro-Norte de Burquina Faso, em 24 de agosto, um atentado resultou na morte de até 200 civis e membros das forças de segurança. Isso acontece em meio a um grande avanço do governo nacionalista conquistando território.

Ibraim Traoré então tomou a decisão de cancelar sua viagem para a China para lidar com a segurança nacional. Ele não comparecerá ao Fórum sobre Cooperação China-África, que estava programado para ocorrer de 4 a 6 de setembro em Pequim.

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