Venezuela

Governo venezuelano denuncia sabotagem contra sistema energético

Desde o dia 27, golpistas tentam sabotar o sistema energético e fazer o país voltar à idade das trevas, mostrando o nível de insanidade e a consideração nula pelo próprio país

Segundo informe divulgado pelo Ministério das Comunicações da Venezuela, o país vizinho foi alvo de uma sabotagem feita pelas forças golpistas, que atingiu o sistema energético da nação na madrugada do dia 30. “Às 4h40 da madrugada de hoje, sexta-feira, 30 de agosto, fomos vítimas, mais uma vez, de uma sabotagem”, informou o Ministério. As autoridades informaram que o ataque atingiu o Sistema Elétrico Nacional e tem afetado várias regiões venezuelanas, incluindo a Grande Caracas.

Segundo o titular da pasta Freddy Ñáñez, a “sabotagem nacional de eletricidade afetou o serviço em todo o nosso território, em todos os 24 estados”. Ñáñez disse ainda que “desde as primeiras horas da manhã, toda a equipe da Corpoelec [estatal de energia] tem trabalhado intensamente para reverter essa situação e restaurar o serviço em todo o país”, acrescentando que “no momento, a equipe do gabinete de eletricidade está trabalhando para a restauração total do serviço. Uma operação especial foi ativada na capital para o transporte de superfície. Ninguém vai tirar a paz e a tranquilidade dos venezuelanos”, concluiu.

Trata-se do segundo ataque do gênero nessa semana. Ainda na última terça-feira (27), o ministro do Interior Diosdado Cabello também denunciou apagões ocorridos em várias partes do país, também devido a sabotagem da extrema direita apoiada pelo imperialismo. Segundo Cabello, os ataques estão ocorrendo “porque sabem que a paz está sendo imposta, porque foram derrotados e porque sua agenda violenta fracassou”, disso o ministro, acrescentando que o governo dará uma “resposta contundente”.

O líder bolivariano e presidente reeleito, Nicolás Maduro, também manifestou-se sobre o ataque das forças golpistas contra a rede energética venezuelana. Através de sua conta oficial no Instagram, Maduro também denunciou as forças da direita sustentadas pelos EUA, dizendo ainda:

“Como sempre, estou com o povo e na linha de frente da batalha, enfrentando esse ataque criminoso contra o Sistema Elétrico Nacional. Já disse e repito: Acalmem-se e sejam sãos, Nervos de Aço! O fascismo desesperado ataca o povo, mas juntos venceremos essa nova investida. 

Nós sempre venceremos!”

Em um cenário onde as forças imperialistas não medem esforços para submeter a soberania de nações que ousam resistir à dominação estrangeira, a Venezuela se vê mais uma vez no olho do furacão. Os ataques ao sistema energético nacional, não são apenas atentados contra a infraestrutura do país, mas um plano para desmobilizar a tenaz resistência bolivariana, que até o momento, tem a situação geral sob controle.

O caso repete uma onda de ataques ao sistema energético da Venezuela, que em 2019, sofreu três apagões nacionais devido a ações do gênero. Em um dos ataques, o país ficou sem eletricidade durante três dias. Na ocasião, as autoridades também atribuíram a autoria dos ataques a linhas de energia sabotadas por opositores do governo do presidente Maduro.

A coincidência não poderia ser mais reveladora: enquanto o presidente Nicolás Maduro enfrenta uma mobilização golpista, o país é alvo de sabotagens sistemáticas que, claramente, buscam desestabilizar o governo e criar um clima de caos propício para a intervenção externa.

Esse tipo de ataque não é novidade, é uma tática já conhecida dos inimigos do povo venezuelano, que usam a destruição dos serviços essenciais como uma arma para minar a confiança da população em seu governo. Em meio a um ambiente onde a vitória eleitoral de Maduro é constantemente questionada, esses sabotadores agem com o claro objetivo de gerar um estado de desespero e desesperança, tentando empurrar a nação para os braços de um regime que atenderia apenas aos interesses do capital estrangeiro e da burguesia imperialista. 

O objetivo desses elementos de desestabilização é claro: desacreditar a vitória de Maduro e criar um estado de insegurança que justifique uma intervenção mais direta, seja através de um golpe interno ou por meios externos. Ao atacar a rede energética, um dos pilares de qualquer sociedade do mundo industrial, os golpistas pretendem mostrar que o governo é incapaz de garantir os serviços básicos, jogando a população contra a revolução bolivariana. Mas essa manobra não passa de uma estratégia desesperada de quem sabe que perdeu a batalha das ideias e agora recorre à violência para tentar impor sua política antinacional.

Ao fim do dia, a energia elétrica seria restabelecida no país. Segundo Cabello, um plano de contingência já havia começado ainda pela manhã, atuando também no reestabelecimento da energia nos serviços públicos. “Todos os serviços estão sendo verificados, supervisionados e, neste momento, a rede está começando a ser energizada e a eletricidade está sendo recebida em alguns setores de Caracas; é um processo que está ocorrendo pouco a pouco em meio à segurança”, disse.

Mesmo com o país sofrendo um assédio do imperialismo muito evidente, o governo brasileiro segue sem reconhecer a vitória de Maduro, contribuindo para os ataques contra a soberania do país vizinho, que segue resistindo, apoiado nas amplas massas venezuelanas.

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