Nesta terça-feira (13), colonos sionistas liderados por Itamar Ben-Gvir (Ministro da Repressão de “Israel”) invadiram a Mesquita de Al-Aqsa, um dos três locais mais sagrados para os muçulmanos. Segundo informações do Departamento de Doações Islâmicas em Jerusalém, a mesquita sagrada foi invadida por cerca de 2.200 colonos.
A invasão foi garantida pelas forças “israelenses” de ocupação, que impediram que palestinos entrassem no pátio do complexo de Al-Aqsa, facilitando a ação dos colonos. Conforme informado por correspondente local da emissora libanesa Al Mayadeen, a bandeira de “Israel” foi exibida por colonos no interior da Mesquita de Al-Aqsa enquanto marchavam de forma provocativa.
Em vídeo, Ben-Gvir e colonos sionistas foram filmados cantando canções provocativas contra os palestinos e muçulmanos, enquanto marchavam pelos pátios de Al-Aqsa.
Recorda-se que a invasão provocativa de Ariel Sharon à mesquita, em 2000, foi o estopim da Segunda Intifada.
Diante da invasão, o Movimento de Resistência Islâmica (Hamas, na sigla em árabe) publicou uma nota oficial condenando a ocupação sionista:
Em nome de Alá, o Mais Misericordioso, o Mais Compassivo,
A invasão dos pátios da abençoada Mesquita Al-Aqsa pelos ministros extremistas e terroristas Ben Gvir e Goldknopf, liderando grupos de gangues de colonos e realizando uma turnê provocativa após a área ter sido esvaziada de fiéis e daqueles em retiro, é uma continuação da agressão prolongada contra nosso povo palestino, sua terra e seus locais sagrados. É uma provocação aos sentimentos dos muçulmanos em todo o mundo, ao profanar a primeira das duas Qiblas e o terceiro dos dois Santuários Sagrados.
A repetição dessas incursões de colonos com feriados judaicos, a realização de orações talmúdicas e o hasteamento de bandeiras na Mesquita Al-Aqsa não terão sucesso em judaizá-la ou impor uma nova realidade sobre ela, nem alterarão sua identidade árabe e islâmica.
O comportamento do governo extremista sionista e de seus membros, que são criminosos de guerra, ao continuar os massacres e a guerra de genocídio contra nosso povo palestino na Faixa de Gaza, os assassinatos e o terrorismo na Cisjordânia, e as violações sistemáticas em Al-Quds e na Mesquita Al-Aqsa, através de incursões e tentativas de judaizar e alterar os fatos no terreno, só adiciona combustível ao fogo na região e ameaça diretamente a paz e segurança regionais e internacionais. Isso exige uma postura séria da comunidade internacional e das Nações Unidas para deter e responsabilizar esses crimes.
Apelamos à Organização de Cooperação Islâmica e à Liga Árabe para que tomem medidas sérias para interromper essas violações sistemáticas contra a Mesquita Al-Aqsa, a primeira Qibla dos muçulmanos e o terceiro dos dois Santuários Sagrados, e que tomem medidas urgentes para forçar a ocupação criminosa a parar com seu crime de judaização contra os locais sagrados islâmicos e cristãos em Al-Quds e em toda a Palestina ocupada.
Nós, no movimento Hamas, afirmamos que nosso povo palestino, nossa resistência firme e nossa juventude revolucionária não permitirão que nenhum dos planos criminosos da ocupação contra Al-Quds e a Mesquita Al-Aqsa passe. A marcha de enfrentamento das medidas e agressões da ocupação, e de resistência ao seu fascismo e crimes, continuará até a libertação da terra e dos locais sagrados e o estabelecimento do nosso estado independente com Jerusalém como sua capital.
O Movimento de Resistência Islâmica – Hamas
Terça-feira: 9 de Safar, 1446 AH
Correspondente a: 13 de agosto de 2024 CE