Na manhã do dia 6 de agosto de 2024, trabalhadores do assentamento Eli Vive, organizado pelo MST em Londrina, no Paraná, bloquearam a estrada principal que dá acesso à comunidade.
As máquinas e tratores da prefeitura, após recapearem, se preparavam para ir embora sem reformar as estradas de terra que levam ao assentamento e as casas dos moradores, mas foram bloqueadas pelo protesto.
As crianças e adolescentes que estudam na cidade muitas vezes ficam impossibilitadas de irem à escola em razão da falta de manutenção das estradas de terra, os motoristas quando chovem, não tem condição de ir até onde os meninos se concentram para embarcar.
Além disso o escoamento da produção agrícola do assentamento, cerca de 1.220 toneladas anuais fica prejudicada.
O assentamento Eli Vive tem cerca de 7.000 hectares onde vivem cerca de 500 famílias e mais de 300 crianças e adolescentes que precisam das estradas para se deslocar para a cidade e outros lugares.
Em razão da falta de reforma das estradas em períodos chuvosos os estudantes ficam cerca de 15 dias sem poder ia a escola.
O problema não é novo, se arrastando ao longo de mais de 10 longos anos. Os camponeses denunciam que entra e sai prefeito, e as estradas não são arrumadas.
Ao que parece não é apenas uma questão administrativa, técnica ou orçamentária por parte dos prefeitos que se sucedem na prefeitura de Londrina, mas um problema político relacionado ao fato de que o assentamento é do MST (Movimento dos Sem Terra), daí a má vontade de resolver qualquer coisa que diga respeito aos interesses de quem lá vive.
Ao todo existem cerca de 109 km de estradas vicinais em péssimas condições de tráfego.
Após o bloqueio das máquinas a prefeitura se comprometeu a reformar as estradas na semana seguinte. É aguardar para ver.