O programa apresentado por Caio Túlio tratou inicialmente da nomeação do novo líder do Hamas, Iahia Sinuar, e de sua biografia como nova liderança do movimento mais importante na atualidade de defesa do povo palestino. Disse Caio sobre Iahia Sinuar:
“Nascido em 1962 no campo de refugiados de Khan Yunis, Iahia Sinuar é o líder do Hamas na Faixa de Gaza, cargo ocupado por Ismail Hanié até 2017. Sinuar é o arquiteto da operação Dilúvio de al-Aqsa, a ofensiva da resistência armada palestina ocorrida em 7 de outubro de 2023 que representou o maior golpe contra o Estado genocida de ‘Israel’.”
A família de Sinuar foi forçada a abandonar o vilarejo de Al-Majdal Asqalan, destruído pelos sionistas e incorporado a “Israel” sob o nome de Ashkelon.
Formado na Universidade Islâmica de Gaza, no curso de Estudos Árabes, o jovem não seguiu a carreira acadêmica, dedicando-se à militância no Bloco Islâmico durante sua vida estudantil. Em 1982, acabaria preso pela ditadura de “Israel”, acusado de promover “atividades antissionistas”. Esse evento marcou o início de uma série de períodos de encarceramento, testando não apenas sua resistência, mas também solidificando sua conexão com líderes revolucionários palestinos, incluindo Sheikh Ahmad Yassin, fundador do Hamas, preso em 1989 pelos sionistas.
Sinuar foi um dos fundadores da organização Al-Majd, focada em expor colaboradores locais e espiões. Ele desempenhou um papel crucial na consolidação de Gaza como a fortaleza da Resistência Palestina. Em 1988, sua terceira prisão resultou em uma condenação à prisão perpétua por frustrar espionagem israelense, entre outras ações consideradas como subversivas.
Em seu tempo recluso, dentre os quais esteve quatro anos em solitária, ele aprendeu hebraico por meio de jornais e executou planos de longo prazo. A libertação só viria décadas depois, em 2011, como parte de uma hábil negociação por parte da resistência, onde trocaram mais de mil prisioneiros palestinos por um único soldado israelense. Algo considerado um erro por diversos sionistas.
Rapidamente, transforma-se em uma importante liderança do Hamas, sucedendo, em 2017, Ismail Hanié como líder do partido em Gaza. Resultado de sua importância cada vez maior no movimento revolucionário palestino, Sinuar foi designado como “terrorista” pelo governo norte-americano em setembro de 2015.
Em seguida, o programa abordou o resultado de pesquisa publicada no diário eletrônico do Conselho Nacional de Justiça que provou aquilo que todos os negros do Brasil sabem desde muito jovens: que a justiça tem lado e tem cor.
Nos diversos dados levantados pela justiça ficou patente que a burocracia judicial pressupõe como culpados e condena, mais negros do que brancos, o que só é surpresa para nunca travou contato com o sistema.
Na sequência, Túlio comentou a censura contra o DCM movida por uma deputada bolsonarista e atendida pela justiça do Tocantins. O DCM, que se diz de esquerda e sempre foi contra a liberdade de expressão, acabou tendo o seu sítio derrubado por ordem da justiça por supostos ataques a referida deputada.
Tal censura foi prontamente repudiada pelo PCO, que defende o direito a opinião, seja ela qual for.
A respeito das escolas cívico militares que estão sendo implementadas pelo governador bolsonarista de São Paulo, Tarcisio de Freitas, foi informado sobre a decisão liminar do juiz do TJ que suspendeu tais escolas até decisão do STF.
Disse ainda da campanha eleitoral americana onde segundo pesquisas a população negra migrou seu voto para Kamala Harris, e Trump segundo essa mesma pesquisa tem pequeno apoio dentro dessa comunidade, que é minoria nos Estados Unidos.
Finalizando o programa, Caio Túlio convidou os expectadores a retornarem para o próximo programa, sempre as quintas-feiras a partir das 18 horas.