As operações policiais em comunidades de baixa renda e predominantemente negras e pardas exemplificam como a polícia funciona como um mecanismo de controle social, reprimindo quaisquer ameaças percebidas à ordem estabelecida. No caso específico do Brasil, os filmes “Tropa de Elite 1 e 2” ilustram a brutalidade policial nas favelas do Rio de Janeiro, onde a guerra contra o tráfico de drogas é, muitas vezes, uma guerra contra os próprios moradores dessas comunidades.
No sistema capitalista, a polícia desempenha um papel essencial na manutenção da ordem social. Essa ordem é, muitas vezes, sinônimo da proteção dos interesses da classe dominante, a burguesia, compreendendo os proprietários dos meios de produção e aqueles que detêm o poder econômico e político. Como instrumento de controle social, a opressão policial se manifesta de diversas formas, incluindo violência física, intimidação, discriminação racial e social, e a severa repressão contra a população pobre.
A desigualdade de tratamento pela polícia é particularmente evidente quando se comparam comunidades ricas e pobres. Em comunidades mais pobres, especialmente aquelas com alta concentração de minorias raciais, o tratamento é notavelmente mais agressivo e repressivo. Já em áreas mais ricas geralmente adota uma postura de proteção e serviço, respondendo rapidamente a chamadas de emergência e tratando os residentes com respeito e delicadeza.
No capitalismo, há uma militarização das forças policiais, projetando uma abordagem que vê a população marginalizada não como cidadãos com direitos, mas como potenciais ameaças à segurança, sobretudo da burguesia. A desigualdade de tratamento entre comunidades ricas e pobres é uma evidência clara de como a polícia perpetua a injustiça e o esmagamento do povo negro.