No último sábado (27), Silvio Almeida, ministro dos Direitos Humanos, comentou sobre o aniversário da Operação Escudo que, em 2023, resultou na chamada Chacina do Guarujá, na Baixada Santista, São Paulo. Durante a abertura da quarta edição de um evento de cultura pop chamado Perifacon, ele disse:
“Acho muito importante que, neste um ano da Operação Escudo, estejamos aqui na Perifacon, ou seja, é uma demonstração de que as periferias do Brasil não vão se calar diante da violência que se espalha pelo Brasil e muitas vezes é estimulada pelos governantes e líderes políticos […] O Ministério dos Direitos Humanos tem compromisso com a democracia, com os direitos humanos, a República, e vamos fazer de tudo para interromper o processo e ficar atentos a isso.”
Fato é que, durante a Chacina do Guarujá, bem como durante a mais recente chacina na região, no início deste ano, decorrente da Operação Verão; Silvio Almeida e seu Ministério não só ficaram praticamente calados, como não fizeram nada para impedir que a Polícia Militar de São Paulo continuasse sua matança.
As declarações do ministro não passam, nesse sentido, de demagogia. Finalmente, sua pasta é uma das que menos trabalha em todo o governo Lula. Não é à toa que, diante do massacre cometido por “Israel” – o Estado mais racista da história – na Faixa de Gaza, também ficou parado.