No último dia 25 (quinta-feira), foi realizada mais uma rodada de negociação entre o Sindicato dos Bancários de Brasília e a direção do Banco do Brasília (BRB) para discutir pontos da pauta de reivindicação para a renovação do acordo coletivo de trabalho, que teve como ponto principal, nesta reunião, as cláusulas de saúde e previdência.
A questão da saúde do bancário é uma das pautas mais importantes para a categoria, justamente por se tratar de um setor da economia que mais adoece os seus trabalhadores por motivos laborais.
Com o novo portal de metas para venda de produtos bancários, aumentou sobremaneira a exploração dos funcionários do BRB. Essa política dos banqueiros tem um só objetivo que é aumentar os seus lucros às custas do adoecimento da categoria.
Sempre é bom lembrar que o atual governador da Capital Federal, Ibaneis Rocha (MDB), e seus representantes no banco são defensores incondicionais da velha política neoliberal que impõe uma política de terra arrasada contra os trabalhadores e a população para a manutenção de seus privilégios, deles e dos seus apaniguados.
Sobre o plano de saúde dos funcionários do BRB, a direção do banco permanece intransigente no que diz respeito a sua contribuição, fazendo-a de forma paritária para os empregados ativos, enquanto os planos de outras empresas estatais a contribuição patronal chega até 70%, como é, por exemplo, caso da Petrobrás.
“O Sindicato solicitou maior contribuição do banco para a Saúde BRB, pontuando que o plano está chegando a um ponto em que é necessário pensar o novo custeio e que é necessário que o banco tome alguma atitude em relação aos acordos firmados com a outra patrocinadora, pois a Saúde BRB estava sofrendo com uma retirada de recursos de quase R$ 10 milhões, o que é inadmissível em um cenário em que se encontra o plano de saúde. O Sindicato reivindica que é necessário discutir as questões de financiamento da Saúde BRB, pois a contribuição que os empregados dão ao todo é superior ao que o banco contribui hoje, e o cenário não pode continuar dessa forma”(Sítio bancariosdf, 29/7/2024).
É por esse motivo, e tantos outros, que os trabalhadores do Banco de Brasília precisam se organizar nesta campanha salarial contra os ataques dos banqueiros, que já estão arquitetando os seus planos contra os trabalhadores. As direções sindicais precisam, urgentemente, organizar a formação de comitês de luta em cada agência e dependência bancária no sentido de preparar a categoria para embates que, com certeza, estão por vir.