Nessa segunda-feira (30), o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, denunciou os atos de violência no âmbito de uma tentativa de golpe de Estado no país, por parte da extrema direita venezuelana após as acusações infundadas de fraude eleitoral.
“Temos assistido a um conjunto de acontecimentos, mais de 100 ataques violentos, terroristas”, sublinhou anunciou Maduro. “Isso é fruto de um plano que venho denunciando. Eles aproveitaram a campanha eleitoral para criar comandos e para organizar grupos criminosos”, disse Maduro.
O presidente também acusou os Estados Unidos de orquestrarem os ataques.
“Por trás desse plano estão os gringos. Eles sempre estiveram. Antes, durante e depois de [Juan] Guaidó. Fabricado nos EUA”.
O presidente destacou também que 80% dos capturados estão em alto estado de dependência de drogas e possuem armas.
“Este grupo é um grupo fascista. Estamos diante de uma contrarrevolução violenta, fascista e criminosa. (…) Em grande parte são grupos criminosos, com ordens precisas de onde atacar. Estão tentando aproveitar este ponto para iniciar uma escalada de guarimba e não vamos permitir isso”.
O líder venezuelano disse que estava em marcha “uma chamada revolução colorida novamente, uma conspiração e uma escalada de violência” que irá “perseguir, queimar pessoas vivas e espancá-las”. Maduro afirmou que esse é o “modo operandis” da direita, lembrando que o mesmo método “foi utilizado para o golpe de Estado de abril de 2002, para a primeira guarimba de 2004, para as ações de [Henrique] Capriles depois das eleições e pelas guarimbas de 2014”.
Nicolás Maduro afirmou que “é obrigado como chefe de Estado e como líder a falar a verdade ao povo” e denunciou que os grupos armados “atacaram ferozmente dois pontos estratégicos do sistema elétrico para um apagão às 12h e às 20h”.
“Queimaram o material eleitoral, queimaram os veículos. Todos serão capturados e depois não digam que são presos políticos”, afirmou o presidente. “A extrema direita não é um partido político, mas um grupo reacionário. O fascismo é o desprezo pelos valores nacionais”.
Segundo Maduro, os guarimberos queimaram ônibus do transporte público de Caracas. “Eles vieram com todo o seu ódio. Os nazistas perseguindo os socialistas”, enfatizou.