Peter Paltchik, judoca israelense de 32 anos e porta-bandeira do “país” na cerimônia de abertura, gerou indignação ao compartilhar nas redes sociais uma foto de bombas israelenses destinadas ao povo civil de Gaza assinadas com a mensagem “de mim para você, com prazer”. Nascido na Ucrânia, Paltchik foi campeão europeu de judô em 2020 e medalhista de bronze nos Jogos de Tóquio em 2021. Apesar das suas conquistas esportivas, a sua escolha como porta-bandeira gerou pedidos para que “Israel” fosse excluído dos Jogos, pedidos esses ignorados pelo Comitê Olímpico Internacional (COI).
No mesmo esporte, o judoca argelino Dris Messaoud se recusou a enfrentar um atleta israelense, se retirando das Olimpíadas em solidariedade à Palestina. O atleta desistiu da competição no Judô em apoio ao povo palestino, preferindo recusar-se a enfrentar um membro da equipe que representa o Estado genocida e, formalmente, sendo desclassificado por ter aparecido levemente acima do peso permitido.
O judoca argelino se recusou a lutar contra o israelense Tohar Butbul, alegando questões políticas. Redouane não apareceu para a pesagem na categoria de -73 kg, resultando na vitória por ippon para o sionista Butbul. Esta não é a primeira vez que Butbul enfrenta um boicote devido ao genocídio provocado por seu Estado artificial e sua ideologia racista e supremacista, já que, em Tóquio-2020, ele também foi boicotado por um atleta argelino.
Caso de espionagem no futebol feminino
A Federação de Futebol do Canadá (Canada Soccer) solicitou à Fifa que a seleção feminina não seja punida pelo escândalo de espionagem com drone nos Jogos Olímpicos de Paris 2024. A treinadora Bev Priestman foi afastada após ser descoberto que sua auxiliar, Jasmine Mander, e o analista, Joey Lombardi, usaram um drone para filmar um treino da Nova Zelândia, adversária da seleção canadense na fase de grupos. Apesar do incidente, o Canadá venceu a Nova Zelândia por 2 a 1. O diretor-executivo da Canada Soccer, Kevin Blue, defendeu as jogadoras, afirmando que elas não viram as imagens capturadas e não devem ser punidas. A federação abriu uma investigação externa independente sobre o caso.
Polêmica no vôlei de praia
Os jogadores de vôlei de praia da Holanda Steven Van de Velde e Matthew Immers enfrentaram vaias em sua estreia nos Jogos Olímpicos devido ao histórico de Van de Velde, que foi condenado por estupro de uma menor de idade. Immers defendeu seu parceiro, dizendo que ele já cumpriu sua pena e aprendeu com o erro. O Comitê Olímpico Holandês informou que Van de Velde ficará afastado dos demais atletas da delegação e não dará declarações à imprensa. A dupla foi derrotada na estreia pela equipe italiana e voltará a competir contra a dupla chilena na próxima quarta-feira.
Expulsão e denúncia de assédio
A nadadora brasileira Ana Carolina Vieira foi expulsa dos Jogos de Paris-2024 por indisciplina após supostamente deixar a Vila Olímpica sem autorização e contestar uma decisão técnica de forma desrespeitosa. Em suas redes sociais, Ana se defendeu, afirmando que provará sua inocência. Ela também revelou ter feito uma denúncia de assédio sexual contra membros da seleção, mas que não foi ouvida. Ana está retornando ao Brasil, enquanto seu namorado e também nadador, Gabriel Santos, recebeu apenas uma advertência e continuará competindo em Paris.
Desempenho do Brasil – 29/7
No vôlei feminino, a seleção brasileira estreou com uma vitória sobre o Quênia, vencendo por 3 sets a 0. No tênis, as duplas femininas Bia Haddad e Luiza Stefani avançaram, enquanto no judô, Rafaela Silva perdeu a disputa pelo bronze para a japonesa Haruka Funakubo. No surfe, Gabriel Medina brilhou ao vencer Kanoa Igarashi e avançar para as quartas de final, enquanto Filipe Toledo foi eliminado nas oitavas. No skate, Kelvin Hoefler ficou em sexto lugar na final do street masculino.
No boxe, Bia Ferreira venceu Jajaira Gonzalez e avançou para as quartas de final, enquanto Abner Teixeira foi derrotado por Chala Congo. No tênis de mesa, Vitor Ishiy avançou, mas Bruna Takahashi foi eliminada. No rugby feminino, o Brasil perdeu para o Japão, mas venceu Fiji, e disputará o nono lugar. No badminton, Juliana Viana obteve a primeira vitória de uma brasileira em Olimpíadas. Na esgrima, Guilherme Toldo foi eliminado na estreia, e no ciclismo mountain bike, Ulan Galinski chegou em 21º lugar na prova de cross-country.