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Rio de Janeiro

Morre, aos 77 anos, a carnavalesca Rosa Magalhães

Falecida no último dia 26, as últimas passagens da artista foram pela Imperatriz Leopoldinense, escola para a qual retornou após afastamento de 11 anos

Faleceu por um infarto no último dia 26, aos 77 anos, a carnavalesca Rosa Lúcia Benedetti Magalhães, mais conhecida como Rosa Magalhães, a maior campeã do carnaval do Rio de Janeiro.

Com sete títulos na primeira divisão sendo um antes do sambódromo, em 1982 com a Império Serrano, 1994 com Unidos da Vila Isabel e cinco vezes campeã (1995,1999,2000,2001,2013) com Imperatriz Leopoldinense, além de quatro vice-campeonatos na primeira divisão (1977,1991,1993,1996) e um título na segunda divisão, em 1987. Formada em Pintura pela Escola de Belas Artes, foi professora de cenografia e Indumentária na Escola de Belas Artes UFRJ e faculdade de Arquitetura Benett.

Seu trabalho influenciou de forma direta ou indireta todas as escolas de samba do Rio de Janeiro e pode-se dizer que o trabalho dela em arte é um dos mais importantes da contemporaneidade. Com 10 estandartes de Ouro, quatro estrelas do Carnaval e uma série de outros títulos, é considerada uma das principais artistas do País.

O trabalho dela era tão significativo que tirou inclusive o apelido da São Clemente de “Iô Iô” (escola sobe para primeira divisão e volta devido ao trabalho aquém das outras escolas), em 2015 pela São Clemente. Suas últimas passagens foram pela Imperatriz Leopoldinense, que retornou após afastamento de 11 anos dessa escola e em 2023 foi anunciada como carnavalesca da Paraíso do Tuiuti.

Em nota, a Imperatriz Leopoldinense destacou a “profunda tristeza” causada pela notícia do falecimento de sua maior carnavalesca:

“O GRES Imperatriz Leopoldinense, em nome da presidente Catia Drumond e de todos os seus segmentos, lamenta com profunda tristeza o falecimento da carnavalesa Rosa Magalhães, artista consagrada e maior campeã da Era Sambódromo.

Neste momento, faltam palavras para definir a grandeza de Rosa e de toda a sua trajetória não só no Carnaval, mas em toda a sua carreira, ao longo dos mais de 50 anos de trabalho dedicado à arte.

Falar de Rosa Magalhães é falar da história da Imperatriz, tendo em vista que, de 7 títulos conquistados pela professora, 5 foram em nossa agremiação.

Rosa promoveu desfiles inesquecíveis aos olhos do público e de toda a crítica, e sempre estará marcada por sua elegância, pela entrega magistral em seus trabalhos, e principalmente por sua brasilidade nas histórias que contou ao longo de todo esse tempo. É e sempre será referência para todos os amantes do espetáculo que ela também ajudou a construir.

As histórias se confundem. É impossível falar de Imperatriz Leopoldinense sem falar de Rosa Magalhães. Hoje o meu coração, e de toda a escola, chora a perda da maior de todos os tempos. O Carnaval deve muito à Rosa Magalhães e nós temos muito orgulho de saber que em nossa biografia ela sempre estará. Obrigado, Rosa. Nossa eterna gratidão e amor”.

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