Na última sexta-feira (26), foi realizado no Rio de Janeiro um ato de celebração do Dia da Rebeldia de Cuba. A manifestação foi convocada para o Largo São Francisco de Paula, em frente ao IFCS, e caminhou até o Largo da Carioca.
O Partido da Causa Operária esteve presente para demonstrar apoio à revolução e ao povo cubano, que sofre há mais de 70 anos com o criminoso bloqueio econômico do imperialismo e segue sendo um exemplo de luta dos povos oprimidos.
A data é lembrada por ser um dos eventos mais importantes da história do movimento operário e que, seis anos depois, daria lugar à vitória da Revolução Cubana, em 1959.
Em 26 de julho de 1953, um grupo de mais de 160 homens, liderados por Fidel Castro, executaram um assalto ao quartel de Moncada, com objetivo de tomar as bases militares e armar a população para derrubar a ditadura de Fulgencio Batista. A ação heroica não foi vitoriosa, com a maioria dos rebeldes sendo presos ou mortos, mas foi um ato fundamental para o sucesso da Revolução nos anos seguintes.
A manifestação convocada pela Associação Cultural José Martí (ACJM-RJ) e vários outros partidos teve como pautas centrais o fim do bloqueio e solidariedade aos cubanos. Além da defesa de Cuba, os manifestantes demonstraram apoio aos palestinos que lutam contra o sionismo e também a Nicolás Maduro, que trava uma batalha contra o imperialismo por conta das eleições venezuelanas que acontecem neste fim de semana.
“O PCO esteve presente no ato para demonstrar total apoio ao povo e à Revolução Cubana, um dos principais países que lutam diariamente contra o imperialismo, há mais de 70 anos, sendo um exemplo para outros povos no mundo inteiro”, declarou Luan Monteiro, militante do PCO, a este Diário.
“Essa data histórica, um exemplo da rebeldia dos oprimidos, deve servir de inspiração para aqueles que também pegam em armas para defender o seu povo e a libertação de seu país, como o que acontece hoje na Palestina. Da mesma forma como fizeram os cubanos para expulsar os ianques do seu território, agora é a vez dos palestinos derrotarem a criminosa ocupação sionista”, concluiu o companheiro do Partido.
Diretor da José Martí, o professor de História Rodrigo Teixeira declarou comentou também sobre a importância histórica do assalto a Moncada, no 26 de julho:
“Apesar de ter sido derrotada militarmente, essa ação foi decisiva para o desenvolvimento do processo revolucionário cubano. Ela possibilitou a criação do Movimento 26 de Julho, que rejeitava o reformismo dos partidos burgueses e defendia uma prática política radical, além de fornecer experiência para a luta guerrilheira em Sierra Maestra. Esse evento não foi o fim, mas o início de uma nova fase na luta revolucionária que triunfou em janeiro de 1959. Como disse Fidel anos depois: ‘Moncada nos ensinou a transformar os reveses em vitórias’”
“O Ato da Rebeldia denuncia o criminoso bloqueio imposto pelo imperialismo estadunidense a Cuba. Há 60 anos, o povo cubano sofre com assédios, sanções, ataques e práticas terroristas dos EUA. Atualmente, Cuba está em uma infame lista de países patrocinadores do terrorismo, elaborada unilateralmente pelo governo estadunidense. As sanções aumentam, independentemente de quem seja o presidente dos EUA, com o objetivo de promover a escassez e o cansaço do povo para desestabilizar a Revolução. A maioria dos problemas enfrentados pelo povo cubano é causada pelo bloqueio. Aqueles que omitem o bloqueio em suas análises sobre a realidade cubana estão colaborando com o imperialismo. Cuba enfrenta uma guerra econômica dos EUA, que sabem que a experiência socialista cubana é um exemplo para todos os povos explorados do mundo”, concluiu Teixeira.
Essa importante data histórica deve ser sempre marcada por manifestações como essa, para demonstrar apoio ao povo cubano na sua luta contra o imperialismo. Os trabalhadores de todo o mundo devem denunciar o criminoso bloqueio contra a ilha, que impede seu desenvolvimento há décadas. Ainda assim, Cuba é um país exemplar em questões como saúde, moradia, educação e várias outras. Apesar da pobreza causada pelo embargo, o povo cubano tem seus direitos básicos assegurados e é um povo solidário. Toda solidariedade à luta do povo cubano!