Que não há um só pingo de sinceridade nas declarações dos políticos norte-americanos representantes dos dois únicos partidos dos Estados Unidos (Republicano e Democrata) é fato notório e de amplo conhecimento de todos nós.
Isso fica ainda mais claro nesse momento, onde os dois partidos representantes das distintas frações do grande capital imperialista disputam o posto de quem é mais apoiador do genocídio que o incondicional aliado norte-americano no Oriente Médio – o Estado sionista criminoso de “Israel” – executa na Faixa de Gaza, o morticínio de toda uma população indefesa, mais de 2,5 milhões de palestinos que estão sendo dizimados pelas bombas fornecidas justamente pelos norte-americanos, com a anuência dos congressistas democratas e republicanos.
Foram esses que convidaram o genocida condenado pelo Tribunal Penal Internacional (TPI), com ordem de prisão por crimes contra a humanidade, Benjamin Netanyahu, juntamente com seu ministro da Defesa, o não menos criminoso Joabe Galante. O premiê israelense compareceu ao congresso norte-americano no dia 24 de julho, onde discursou para congressistas democratas e republicanos, sendo aplaudido de pé 58 vezes.
Vale destacar que por pura conveniência, a agora indicada como candidata dos democratas à corrida presidencial, a vice-presidente Kamala Harris, se absteve de comparecer à sessão congressual na qual Netanyahu discursou; no entanto, teve um encontro reservado com o carniceiro israelense para tratar de “assuntos reservados”, vale dizer, conversações no sentido de como os EUA podem continuar fornecendo recursos e armamentos para a “solução final” pretendida por “Israel” contra os palestinos.
Dias antes, Harris já havia anunciado que o apoio à “Israel” é necessário para garantir a segurança do Estado sionista contra a ação dos grupos “terroristas”.
Quem também se pronunciou, com o mesmo cinismo e desfaçatez, foi a ex-presidente da Câmara dos EUA, Nancy Pelosi. A parlamentar democrata classificou o discurso do primeiro-ministro israelense aos parlamentares no Congresso como “a pior apresentação já feita por um dignitário estrangeiro”.
A ex-presidente da Câmara dos EUA disse que gostaria que Netanyahu dedicasse seu tempo “trabalhando para alcançar um cessar-fogo”. Ora, como assim alcançar um cessar-fogo! Isso só é possível no momento em que os Estados Unidos e os congressistas adotarem uma resolução (e colocá-la em prática) que interrompa o envio de armas, munição e recursos para os genocidas do enclave militar pró-imperialista...
Não vai além de demagogia e palavras vazias as declarações não somente de Pelosi e Harris, como de outros congressistas e membros do governo criminoso de Joe Biden quando dizem ser a favor de um cessar-fogo quando, ao mesmo tempo, destina bilhões para os sionistas seguirem assassinando mulheres, crianças e idosos, além de promoverem uma enorme destruição de toda a infraestrutura civil de Gaza, escolas, hospitais, creches, residências, prédios comerciais, inclusive instalações pertencentes a organizações humanitárias, (ONU, Cruz Vermelha etc.).
O fato é que o imperialismo não só lucra enormemente com o conflito, como faz do massacre no Oriente Médio uma espécie de ensaio geral para a expansão da guerra contra todos os povos da região, em especial contra a República Islâmica do Irã.