O Movimento Sem-terra do Rio Grande do Sul, lançaram uma campanha “Para o Brasil alimentar, Reforma Agrária Popular”, com esse lema mais de 800 sem-terra ocuparam o INCRA é cobrando iniciativas do governo Eduardo Leite e o governo federal.
As ocupações vão ocorrer em todo o País, no RS será dia 24 e 25 de julho. Os trabalhadores sem-terra serão atendidos pelo secretário de Desenvolvimento Rural, Ronaldo Santini.
“Já estamos há vários anos com a mesma pauta no Incra, não atendida até o momento. E a nossa situação se agrava aqui no estado com as enormes perdas que tivemos com as enchentes, consequência da crise climática que assola o estado”, avalia a dirigente nacional do MST Salete Carollo.
Os trabalhadores diante das enchentes dos últimos meses vão cobrar do governo estadual o reassentamento das famílias atingidas pelas águas nos municípios da região Metropolitana. Também será reivindicado novas áreas para o Programa de Reforma Agrária, a regularização de lotes no estado, um programa de habitação e o Plano Camponês, com a liberação de crédito para as cooperativas.
A situação da moradia no Brasil é calamitosa, segundo a ONU, cerca de “33 milhões de brasileiros e brasileiras não têm onde morar”, porém na outra ponta, o censo de 2020 existem “11 milhões de residências vagas”. Somente na cidade de São Paulo, quase 600 mil imóveis estão sem moradores e mais de 400 mil famílias, sem moradia digna.
Segundo os dados é fácil resolver essa equação se existe diversas moradias vagas e muitos moradores de rua: é só dar as casa para quem precisa. Estes dados a gente pode comparar com terras improdutivas, muitas terras sem uso e milhares de sem-terra, podemos fazer o mesmo.
Porém na lógica da especulação imobiliária e fundiária esses imóveis e manter como está para subir ainda mais os preços das terras e os aluguéis das moradias. É preciso uma ampla mobilização dos sem-terra e sem-teto para mudar os rumos dessa política de terra arrasada.