A eliminação da Seleção Brasileira nas quartas de final da Copa América motivou uma nova ofensiva contra o futebol nacional. Nas páginas dos órgãos de imprensa imperialistas, se dedicou a atacar duramente o mais popular símbolo da cultura nacional. No UOL (do golpista Grupo Folha), o crítico contumaz da Seleção Walter Casagrande Jr. se dedicou a criticar não o trio de arbitragem argentino que deixou a pancadaria rolar solta contra o escrete nacional (com 41 faltas das quais 26 foram uruguaias), mas as “corridinhas”, como descreveu em sua coluna, intitulada Seleção brasileira não aprende e continua com a mesma soberba de sempre:
“Todos os brasileiros que bateram deram aquela corridinha ridícula que nenhum jogador no mundo faz mais. Na Eurocopa nenhum batedor deu essa corridinha, e nem os uruguaios. Muito pelo contrário! Eles foram com seriedade para a batida e partiram para a bola com convicção e sem corridinha. Nós não aprendemos nada a cada eliminação, porque continuamos com a mesma soberba de sempre.”
A tática usada para pressionar o goleiro na cobrança de pênalti não surtiu efeito contra o experiente Sergio Rochet, arqueiro uruguaio e herói da classificação da Celeste contra a Canarinho. Acabou, no entanto, sendo explorada pelo ex-jogador, que demonstra ter esquecido o peso da famosa “catimba” durante um jogo.
Outra crítica ainda pior partiu do igualmente pró-imperialista e notório órgão golpista, o carioca O Globo. Na coluna assinada por Joaquim Ferreira dos Santos e intitulada Não é a gola, Endrick, é a bola, o colunista se dedica a atacar (como sugere o título) o mais novo craque do futebol nacional: o craque Endrick – a gola de sua camisa.
“Abaixa essa gola, Endrick, que você não está com essa bola toda, meu caro”, começa Santos, para, posteriormente, após considerações sobre golas, deixar claro que suas críticas não são meramente ao vestuário do craque, mas ao futebol brasileiro:
“O jogador brasileiro já teve todos os motivos e mais cinco Copas do Mundo para se achar o Deus dos estádios, o marrento com as devidas permissões para se exibir como tal. O drible da vaca, o do elástico, a folha seca. Tudo coisa nossa.
Hoje, e a grosseria do jogo contra o Uruguai confirma isso, ele é um fornecedor de conteúdo para memes que fazem o mundo gargalhar, um Neymar rolando por todos os continentes, um Éder Militão que caminha para a cobrança do pênalti no jogo contra o Uruguai.”
Até o genial Neymar, que ainda está se recuperando de lesão e sequer foi relacionado para a equipe, foi lembrado pelo colunista de O Globo. O que não foi lembrado, porém, é o peso decisivo de Vinícius Jr. à sua equipe, o Real Madrid, que, recentemente, conquistou o campeonato espanhol. O clube merengue, por sinal, pagou uma fortuna ao Palmeiras para ter o futebol de Endrick, R$260 milhões, certamente por uma consideração muito diferente do bufão de O Globo ao dizer que futebol brasileiro “é um fornecedor de memes”.
Mais do que se preocupar com corridinhas ou golas, os detratores do futebol nacional se ocupam com a pressão que eles próprios ajudam a impulsionar. Se estivessem honestamente preocupados com o bom desempenho da Seleção, esta seria a primeira preocupação de gente como Casagrande e Santos.
Como os serviçais dos órgãos imperialistas, inimigos do Brasil e do povo brasileiro, não são honestos em suas críticas, é natural que não vejamos essa autocrítica em seus posicionamentos. Apenas e tão somente tolices tão fora da realidade quanto tratados sobre golas.