Os trabalhadores bancários, que estão sendo submetidos sistematicamente ao cumprimento de metas estratosféricas, jornada de trabalho que passam muitas das vezes das seis horas diárias, sem que os patrões remunerem as horas extras, que sofrem com as demissões em massa, ganham durante o ano todo menos que os parasitas de seus patrões ganham com as extorsivas cobranças de tarifas para a população; já se preparam para a sua campanha salarial, cuja data base da categoria é no mês de setembro.
Esta política, que mais parece a do capitalismo no início da revolução industrial, onde os trabalhadores tinham em suas condições de trabalho totalmente indignas para qualquer ser humano, é vivida hoje pelos bancários.
Tal qual naquela época, em que a miséria das condições da classe operária teve sua melhora significativa com a luta dos trabalhadores por reivindicações como: redução da jornada de trabalho, aumento salarial, final de semana remunerado, férias e outras conquistas históricas; devem fazer a mudança deste quadro de hoje por meio das mobilizações, manifestações, greve, piquetes etc.
Qualquer oferta por reposição salarial inferior aos já rebaixados 5% deve ser encarada com desdém e rejeitada de pronto.
Os bancários não podem se deixar cair nas armadilhas que serão armadas pelos banqueiros, em que setores das direções sindicais acabam capitulando, que visam o fechamento do acordo com índices que atendam, não aos bancários, mas sim, aos banqueiros.
Vale lembrar que, mesmo tendo grande parte da categoria (bancos públicos) como patrão o governo petista, o mesmo sofre uma gigantesca pressão da direita reacionária, capacho dos banqueiros e capitalistas nacionais e internacionais, nas instituições do Estado burguês, como, por exemplo, o Banco Central que, através da sua “independência”, paralisa quase que completamente a economia do País no sentido de beneficiar os parasitas sanguessugas do povo brasileiro. Ou mesmo no Congresso Nacional dominado por esses mesmo capanhos que, sistematicamente, estão votando contra os interesses da classe trabalhadora e da população em geral.
Não podemos nos esquecer que o pagamento da dívida pública é uma das exigências dos banqueiros de forma a garantir o pagamento dos juros da dívida que este ano está previsto receber cerca de R$2,5 trilhões, ou seja, 45,98% de todo o orçamento federal, e que estes recursos beneficiam diretamente aos banqueiros privados. Portanto, os banqueiros privados e o Banco Central estão juntos nesta campanha e contam com seus principais aliados, é claro, no Parlamento e no Judiciário, prontos para trair a categoria bancária, como já fizeram em anos anteriores.
A luta da categoria bancária, nesta campanha salarial, não pode terminar enquanto os banqueiros não atenderem às suas legítimas reivindicações, tais como:
- Reposição das perdas salariais (30%)
- Estabilidade no emprego
- Redução da carga horária, sem redução de salário
- Piso de R$7.000,00
- Ganho real de 5%