Nessa terça-feira (3), o Coletivo de Mulheres Rosa Luxemburgo, do Partido da Causa Operária (PCO), participou da solenidade em homenagem à morte de Hassam Mounit Awale na Mesquita Associação Religiosa Beneficente Islâmica do Brasil, em São Paulo.
Hassan Mounir Awale, nascido em 1954, no sul do Líbano, foi um líder do Partido Comunista Libanês e lutou contra as invasões israelenses. Participou de várias batalhas e ações militares, ganhando destaque pela liderança na resistência palestina e na Frente Patriótica Nacional (JAMOL). Após ser gravemente ferido em um ataque sionista em 1989, imigrou para o Brasil, onde continuou sua luta política, organizando encontros na comunidade árabe e transformando seu comércio em um centro de trabalho militante.
De volta ao Líbano, participou do 12º Congresso do Partido Comunista e contribuiu na campanha eleitoral de 2022. Mesmo doente, permaneceu ativo na luta política. Hoje, é homenageado como um grande líder e inspiração, especialmente importante para o sul do Líbano.
O coletivo também aproveitou a ocasião para reforçar sua discussão acerca do identitarismo e da luta contra o imperialismo no Oriente Médio:
“Sobre o véu: é parte da cultura árabe e não um elemento de opressão à mulher. Chamar os árabes e muçulmanos de machistas serve para justificar, com o identitarismo, a verdadeira opressão das mulheres e todos os povos: a política do imperialismo, de morte, genocídio e bombas, que espalha cadáveres de bebês nas ruas.
A mulher só será liberta com o fim do capitalismo”, afirma o Coletivo Rosa Luxemburgo.