Uma experiência de unificação de três países da América Central: Honduras, Nicarágua e El Salvador, ocorreu no final do século XIX.
Uma outra tentativa de transformar os pequenos países da América Central em uma grande nação já havia acontecido no início do mesmo século com a denominada República Federal da América Central, organizada em 1824.
A República Federal da América Central uniu, além de Honduras, Nicarágua e El Salvador, também a Guatemala e Costa Rica e durou 15 anos, quando foi alvo de uma conspiração golpista.
Após a derrota da República Federal da América Central, novas tentativas de união foram realizadas.
A Grande República da América Central foi a última delas e durou apenas dois anos. Estabelecida por meio da união dos três países, Honduras, Nicarágua e El Salvador, foi formalizada por meio da assinatura do Tratado de Amapala, que foi o documento acordado em uma conferência chamada pelos sindicatos de trabalhadores dos três países, ocorrida em 20 de junho de 1895 na cidade de Amapala, em Honduras.
Após a aceitação conjunta dos países ao tratado de Amapala, durante a conferência, seguiu-se para a assinatura individual de cada um dos países envolvidos.
Então, em 15 de fevereiro de 1896, após a ratificação individual do documento, foi oficialmente confirmada a união que chegou também a ser denominada de Estados Unidos da América Central.
Assim como as experiências anteriores, a Grande República da América Central acabou dissolvida por um golpe de Estado, dessa vez perpetrado pelo militar e político salvadorenho Tomás Regalado.
Os sucessivos fracassos em construir uma única nação na América Central impedem a existência de um país que hoje seria uma nação de cerca de 46 milhões de habitantes, com um território de cerca de 423 mil quilômetros quadrados.
Essa nação seria a sétima maior economia da América Latina e Caribe, depois do Brasil, México, Argentina, Chile, Colômbia e Peru. Seu Produto Interno Bruto (PIB) poderia atingir cerca de US$200 bilhões.
É para prevenir a constituição de nações fortes, como poderia ser o caso da América Central, que o Imperialismo está constantemente em busca da divisão de países com grandes territórios, como é o caso, por exemplo, do Brasil.